Praticar exercícios aos 70 anos pode gerar menos risco de doenças cardiovasculares

Pessoas com mais de 70 anos estão que realizam exercícios por, pelo menos, 20 minutos por dia, podem se proteger contra problemas cardíacos. Isso segundo estudo observacional publicado na revista científica Heart nesta quarta (16/2).

Os pesquisadores acompanharam por 20 anos mais de 3.000 adultos da Itália com idade superior a 65 anos. Eles rastrearam doenças cardíacas, incluindo derrame e doença arterial coronariana, e monitoraram os níveis de atividade física dos voluntários.

No geral, a prática de exercícios foi associada a menores taxas de problemas cardiovasculares, segundo a emissora australiana Sky News.

Mas após uma análise mais aprofundada, os autores descobriram que fazer no mínimo 20 minutos de atividade física todos os dias, especialmente para quem tem de 70 a 75 anos, podem receber mais benefícios.

Os cientistas italianos, citados pela emissora, afirmam que isso “sugere que maiores benefícios cardiovasculares podem ser alcançados melhorando a atividade física no início da vida”.

“Atividade física em pessoas mais velhas: antes tarde do que nunca, mas melhor cedo do que tarde. Mesmo uma pequena quantidade de atividade física pode conferir efeitos benéficos em pessoas mais velhas, mas se realizada cedo e não tardiamente”, dizem os pesquisadores.

O estudo descobriu que as idosas que praticam exercícios tiveram menor taxa de incidência de quase todas as cardiopatias, apesar de a redução do risco não ter sido estatisticamente importante. Ao considerar a mortalidade geral, os riscos foram significativamente menores, segundo os cientistas, citados pela Sky News.

É preciso destacar que o estudo observacional e, como tal, não pode ser entendido como relação “causa e efeito”, por exemplo, que praticar exercício após 70 anos gera menos problemas cardíacos.

Os pesquisadores reconhecem que o estudo se baseou na lembrança dos participantes, que os níveis de atividade física foram analisados subjetivamente e que não havia dados disponíveis sobre a prática de exercícios dos voluntários na meia-idade. Esses parâmetros podem ter influenciado os perfis de risco cardiovascular no final da vida, alerta a emissora australiana.