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Bem-Estar

Com alergia a quase todos os alimentos produzidos nos EUA, americana deixa o país e se recupera na Europa

Por Da Redação  em 06 de agosto de 2025

A tiktoker Bee estava comendo só brócolis, coco e frango até deixar sua terra natal em 2024

Uma americana decidiu iniciar uma conta no TikTok para mostrar para outras pessoas como sua alergia alimentar era grave e, acredite se quiser, associada aos alimentos produzidos nos Estados Unidos.

“Eu não queria deixar para trás toda a minha vida nos EUA, mas não tive escolha”, disse Bee, que não teve o nome revelado, à revista americana Newsweek.

Com alergia a quase todos os alimentos produzidos nos EUA, americana deixa o país e se recupera na Europa
A tiktoker Bee precisou deixar os EUA para poder voltar a se alimentar adequadamente, sem risco de reação alérgica (Foto: TikTok / bee70654 / Reprodução)

Suas reações alérgicas eram tão rotineiras que ela acabou ingerindo apenas três alimentos em todas as refeições do dia.

Apesar de ter vivido comendo de tudo, nos últimos anos, seu corpo começou a rejeitar diferentes alimentos, começando com glúten, laticínios, café, certos vegetais e vários tipos de frutas vermelhas.

A cada semana, parecia que ela desenvolvia uma nova alergia, e Bee não conseguia entender o porquê.

No fim de 2024, ela só conseguia comer brócolis, coco e um pouco de frango, revela a Newsweek. Como era de se esperar, a americana passou a ficar depressiva.

“Tinha urticária, erupções cutâneas vermelhas ou rubor que cobriam meu peito e rosto. A erupção cutânea também era quente e causava coceira. Eu tinha dificuldade para respirar, dores agudas no abdômen, enxaquecas, zumbido, dor nas articulações, confusão mental, congestão e ouvia meu coração bater na cabeça”, conta Bee.

Para não correr risco mais grave, ela sempre tinha à disposição uma caneta EpiPen (injetora de epinefrina ou adrenalina), um inalador (para alívio dos pulmões), Benadryl (antialérgico à base de cloridrato de difenidramina) e, curiosamente, uma porção de bicarbonato de sódio.

Como não estava mais aguentando, em novembro de 2024, deixou os EUA e se mudou para a Europa. Segundo a Newsweek, Bee não quis revelar o nome do país por motivos de segurança.

“Eu precisei, sentia que meu corpo estava lentamente entrando em colapso por falta de nutrição, porque minha dieta era muito limitada”, disse a americana.

Em seu novo endereço europeu, Bee começou a testar alimentos e pediu um prato com brócolis. Para sua surpresa, a refeição continha molho de tomate, um dos seus maiores gatilhos, de acordo com a revista.

Ela se preparou para uma reação grave, mas nada aconteceu e nenhum sintoma surgiu.

“Quase não acreditei no começo e fiquei bastante chocada. Eu sabia que havia algo diferente na comida americana que eu não conseguia explicar”, comenta Bee.

Após fazer exames a pedido médico, a americana descobriu que tem alergia às micotoxinas ocratoxina A, tricoteceno, aflatoxina, gliotoxina e zearalenona. Essas são substâncias tóxicas produzidas por fungos que podem contaminar certos produtos agrícolas. Bee também foi diagnosticada com um gene que afeta a eficiência com que seu corpo processa toxinas relacionadas a fungos.

Como lembra a Newsweek, a União Europeia (UE) e os EUA possuem regulamentações diferentes no que diz respeito a micotoxinas em alimentos. A UE tende a ser mais rigorosa e permite limites mais baixos de toxinas, mas costumam ser encontrados em níveis elevados nos produtos americanos.

Por exemplo, a aflatoxina M1 pode ser encontrada no leite e, enquanto os EUA o limite é de 500 nanogramas por kg do laticínio, na UE, só são permitidas 50 nanogramas por kg.