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Saúde

Pílula que retarda ou impede a progressão da Doença de Parkinson deve chegar ao mercado até 2027

Por Da Redação  em 15 de março de 2022

Cientistas descobriram que a substância ribosídeo de nicotinamida (vitamina B3) é capaz de reduzir a inflamação no cérebro que leva à doença degenerativa

Pílula que retarda ou impede a progressão da Doença de Parkinson deve chegar ao mercado até 2027
(Foto: Freepik)

 

Uma pílula que retarda ou até impede a progressão da Doença de Parkinson pode chegar ao mercado dentro de cinco anos (2027), após um teste indicar que a substância natural pode reduzir a inflamação no cérebro e ajudar a controlar os sintomas do problema neurodegenerativo.

Os resultados foram publicados no início de março na revista científica Cell Metabolism.

De acordo com o site britânico iNews, os participantes do estudo tomaram suplemento de ribosídeo de nicotinamida, uma forma de vitamina B3, e apresentaram redução na inflamação do fluido que circunda o cérebro e a medula espinhal. Também tiveram aumento do metabolismo cerebral e conseguiram uma melhora “leve, mas significativa” dos sintomas de Parkinson.

A descoberta levantou esperanças de que a vitamina, encontrada em frutas, vegetais, carne e leite, possa compor os primeiros medicamentos capazes de retardar, com sucesso, o desenvolvimento da doença, além de ajudar a controlar os sintomas.

Segundo o iNews, os pesquisadores já iniciaram a fase II de testes, envolvendo 400 pacientes, para validar as descobertas. Essa etapa deve terminar no final do ano que vem.

O pesquisador Charalampos Tzoulis, da Universidade de Bergen, na Noruega, um dos autores do estudo,  citado pelo site britânico, diz que está “altamente confiante” pelas descobertas, mas adverte que são necessárias mais pesquisas, reconhecendo que se sente “cautelosamente otimista”.

Ele desaconselha enfaticamente que os pacientes com Parkinson ou quem tenha caso na família, que comece a ingerir muitos alimentos ou suplementos de vitamina B3, pois ainda não há dados sobre as doses benéficas.

Além disso, as pessoas devem evitar a automedicação até que se entenda mais sobre o efeito da substância.

“Estamos muito animados com os resultados. Os tratamentos atuais para o Parkinson proporcionam algum alívio dos sintomas, mas não causam impacto na progressão da doença. Esperamos que nosso tratamento possa atingir o objetivo final dessa doença e de outras neurodegenerativas: ir além do mero controle dos sintomas e retardar ou interromper a progressão”, afirma Charalampos Tzoulis ao iNews.