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Saúde

Devido à ômicron, EUA deixam de indicar Regeneron e anticorpos da Lilly para tratar covid-19

Por João Paulo Martins  em 25 de janeiro de 2022

Segundo a agência Food and Drug Administration (FDA), esses dois tratamentos com anticorpos monoclonais são ineficazes para a nova cepa do coronavírus

Devido à ômicron, EUA deixam de indicar Regeneron e anticorpos da Lilly para tratar covid-19
(Foto: Freepik)

 

A agência americana Food and Drug Administration (FDA), espécie de Vigilância Sanitária, revogou na última segunda (24/1) as autorizações de uso de dois tratamentos para covid-19 que usam anticorpos monoclonais: Regeneron (casirivimabe e imdevimabe) e da biofarmacêutica Eli Lilly (bamlanivimabe e etesevimabe).

Em um comunicado à imprensa, a FDA disse que os tratamentos com anticorpos são “altamente improváveis de serem eficazes contra a variante ômicron”, que representa mais de 99% dos casos no país.

“Como temos feito durante a pandemia de covid-19, a Food and Drug Administration dos EUA usou a melhor ciência disponível à medida que o vírus evoluiu para tomar decisões de saúde e segurança do público americano. Ter as melhores ferramentas disponíveis para tratar os pacientes é uma prioridade para a agência. À luz das informações e dados mais recentes disponíveis, hoje, a FDA revisou as autorizações de dois tratamentos de anticorpos monoclonais: bamlanivimabe e etesevimabe, administrados juntos, e REGEN-COV [casirivimabe e imdevimabe]. Limitamos seu uso apenas quando o paciente provavelmente foi infectado ou exposto a uma variante suscetível a esses tratamentos”, diz o comunicado da FDA.

Essa decisão, como mostra o site americano de notícias médicas Medical Xpress, era esperado porque ambas as farmacêuticas disseram que seus medicamentos são menos capazes de tratar a ômicron devido às mutações.

Ainda assim, os médicos têm terapias alternativas para combater a nova cepa do coronavírus, incluindo duas novas pílulas antivirais da Pfizer e da Merck, mas ambas estão em falta. Uma droga de anticorpo da GlaxoSmithKline que permanece eficaz também está em falta, revela o site especializado.

Esses medicamentos são destinados pacientes que podem ter quadro grave da covid e risco de morte.

Segundo o Medical Xpress, o governo dos EUA parou temporariamente de distribuir os dois medicamentos desautorizados pela FDA no final de dezembro, já que a ômicron estava circulando pelo país e se tornando a variante dominante.

“No futuro, se os pacientes em certas regiões geográficas forem infectados ou expostos a uma variante suscetível a esses tratamentos, o uso desses medicamentos poderá ser autorizado nesses locais”, afirma a FDA.

Outros medicamentos, incluindo Paxlovid, sotrovimabe, Veklury (remdesivir) e molnupiravir, ainda devem funcionar contra a ômicron, de acordo com a agência americana.