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Saúde

Após proibição da Anvisa, empresa diz que spray nasal Taffix não é medicamento

Por João Paulo Martins  em 22 de janeiro de 2022

Farmacêutica brasileira Belcher, que representa o spray no país, diz que o produto apenas auxilia contra a entrada de vírus no nariz

Após proibição da Anvisa, empresa diz que spray nasal Taffix não é medicamento
O spray nasal Taffix promete criar uma barreira física contra a entrada de vírus na cavidade nasal (Foto: Amazon.fr/Reprodução)

 

Em resolução publicada na última quarta (19/1) no Diário Oficial da União, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o registro no Brasil do spray nasal Taffix, produzido pela farmacêutica israelense Nasus Pharma e que, em seu site, diz que o produto é uma “barreira mecânica que protege contra viroses na cavidade nasal”.

Em nosso país, o spray é representado pela Belcher Pharmaceuticals, de Maringá, no Paraná.

Segundo a Anvisa, o “produto apresentou alegações de ser bloqueador de vírus dentro da cavidade nasal e ser altamente eficaz no bloqueio de vários vírus respiratórios, incluído o SARS-CoV-2 [causador da covid-19]”. No entanto, ainda conforme a Vigilância Sanitária, não foram apresentados estudos clínicos que comprovem essa eficácia.

 

 

Mas, em comunicado divulgado em seu site, a Belcher diz que o Taffix auxilia na proteção contra a infecção por coronavírus, Influenza e outros vírus, mas que “não se configura como um medicamento”.

“Trata-se de um spray nasal em pó que se transforma em um gel na cavidade nasal e cria uma barreira ativa para proteger e desativar os vírus frequentemente encontrados e transportados pelo ar”, explica a empresa paranaense.

De acordo com a Belcher, o pedido de registro do spray nasal foi deferido pela Anvisa no início de janeiro deste ano. A expectativa é que os primeiros lotes do produto cheguem ao país em fevereiro.

Para efeito de comparação, é possível comprar, por cerca de R$ 50 nas drogarias brasileiras, o spray nasal “primeira proteção” da marca Vick, que pertence à P&G. Conforme a farmacêutica, a recomendação é que seja usado logo nos primeiros sintomas de resfriado. “Envolve, inativa e elimina o vírus do resfriado”, diz a página do produto no site brasileiro da Vick.