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Saúde

Cigarro eletrônico faz jovem americana ficar internada respirando por aparelhos

Por João Paulo Martins  em 13 de fevereiro de 2022

Juliet Roberts usou vaporizador por mais de quatro anos e, além de comprometer os pulmões, sofreu uma pneumonia devido às substâncias tóxicas do vape

Cigarro eletrônico faz jovem americana ficar internada respirando por aparelhos
Juliet Roberts, de 18 anos, ficou internada por 12 dias em decorrência do uso exagerado de vaporizador (cigarro eletrônico) (Foto: Ladbible.com/Reprodução)

 

Uma jovem americana viciada em vaporizador (espécie de cigarro eletrônico) ficou internada 12 dias ligadas ao respirador após sofrer problemas pulmonares decorrentes de substâncias tóxicas.

Segundo o jornal britânico The Independent, Juliet Roberts, de 18 anos, moradora de Mount Pleasant, no Tennessee (EUA), começou a usar vaporizador com apenas 14 anos, acompanhando os amigos da escola. Ela diz que logo ficou viciada, gastando um cigarro eletrônico descartável a cada duas semanas.

O problema é que, depois de quatro anos e meio usando o vaporizador, seus pulmões ficaram gravemente prejudicados e a jovem foi levada às pressas para o hospital em 7 de janeiro, com dificuldade para respirar.

De acordo com Roberts, citada pelo jornal britânico, imagens de raios-x revelaram que os anos de uso do aparelho danificaram os pulmões, além de pneumonia causada por produtos químicos tóxicos presentes no líquido do vaporizador.

A adolescente teve a sorte de se recuperar, mas ficou cinco dias ligada aos aparelhos de suporte de vida. No total, ela passou 12 dias internada no hospital, revela o The Independent. A americana foi informada pela equipe médica que tinha o risco de sofrer um ataque cardíaco devido à tensão em seus pulmões enfraquecidos.

 

Cigarro eletrônico faz jovem americana ficar internada respirando por aparelhos
A jovem americana de 18 anos ainda precisa usar oxigênio 24h por dia (Foto: Facebook/juliet.roberts.148/Reprodução)

 

Juliet Roberts ainda precisa usar oxigênio 24 horas por dia e está fazendo tratamentos de nebulização em casa. “Os médicos me disseram que, se eu não tivesse chegado lá naquela noite, teria perdido minha vida. Foi assustador. Basicamente, me disseram que estava morrendo. Estou tão feliz por ter ido ao hospital na hora certa”, comenta a jovem ao jornal.

Depois de ser admitida no departamento de emergência do TriStar Spring Hill, Juliet foi transferida para o Centro Médico TriStar Summit no mesmo dia.

“Quando você tira um raio-x do pulmão, ele deve ser preto e o único branco que você deve ver são suas costelas. Mas no meu raio-x, quase não dá para contar minhas costelas por causa do quão branco estava. Isso foi por causa do dano do vape [vaporizador] e da pneumonia que eu peguei”, comenta a americana ao The Independent.

Ela conta que os pulmões estão tão sobrecarregados que corre risco de ataque cardíaco se exagerar nas atividades. “Minha frequência cardíaca salta para 150 quando subo escadas, o que é muito perigoso”, diz Juliet Roberts ao jornal britânico.

Após sua experiência traumática, a jovem, que promete nunca mais fumar cigarro eletrônico, espera poder encorajar outras pessoas a desistir desse vício, insistindo que “não vale a pena”.

“Eu não fumei um sequer desde quando fui para o hospital e não pretendo fumar novamente. O médico me disse que isso poderia acabar com minha vida e essa informação é tudo que preciso para parar de vez”, completa a jovem de 18 anos.