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Saúde

Risco de miocardite e pericardite é até 115 vezes maior em quem teve covid-19 do que nas pessoas vacinadas

Por Da Redação  em 02 de abril de 2022

Isso segundo estudo feito pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. De qualquer forma, as inflamações que atingem o coração são raras tanto em vacinados quanto em infectados

Risco de miocardite e pericardite é até 115 vezes maior em quem teve covid-19 do que nas pessoas vacinadas
(Fotos: Freepik e Freeimage)

 

Pessoas que foram infectadas pela covid-19 têm maior risco de miocardite (inflamação do músculo do coração) e outras doenças cardíacas inflamatórias do que as que receberam as vacinas, de acordo com estudo publicado na última sexta (1/4) pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA.

Como mostra a emissora americana CNBC, o CDC descobriu que o risco de miocardite, pericardite e síndrome inflamatória multissistêmica foi maior após a infecção causada pelo coronavírus do que após a vacinação com Pfizer ou Moderna (não está disponível no Brasil) em homens e mulheres acima de 5 anos. No entanto, essas condições são raras independentemente de a pessoa ter sido infectada ou vacinada.

Para quem não sabe, a miocardite é a inflamação do músculo cardíaco e a pericardite é a inflamação do revestimento externo do coração. Já a condição multissistêmica é associada à covid e afeta vários órgãos.

As vacinas da Pfizer e da Moderna foram associadas a um risco elevado de miocardite e pericardite após a segunda dose, principalmente entre meninos de 12 a 17 anos. No entanto, mesmo nessa faixa etária, o risco das doenças que atingem o coração foi maior após a infecção pelo coronavírus do que após a imunização, segundo o CDC, citado pela CNBC.

Entre os adolescentes, a taxa de miocardite ou pericardite após a infecção foi de, pelo menos, 50 casos a cada 100.000 pessoas, em comparação com cerca de 22 casos por 100.000 após a segunda dose das vacinas. O risco geral de problemas cardíacos após a infecção por Covid foi até 5,6 vezes maior em comparação com a segunda dose dos imunizantes. De acordo com o estudo dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, o risco dessas condições foi até 69 vezes maior após a infecção por coronavírus em comparação com a dose inicial de Pfizer ou Moderna.

Segundo a CNBC, o CDC examinou registros eletrônicos de saúde de mais de 15 milhões de pessoas acima de 5 anos entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022. Os cientistas estudaram o risco de desenvolver condição cardíaca após a infecção por covid em comparação com a primeira e a segunda doses dos imunizantes. O estudo não levou em conta as aplicações de reforço.

No geral, o risco de um problema cardíaco após a infecção pelo coronavírus foi de duas a 115 vezes maior em comparação com a vacinação, dependendo da idade, sexo e dose administrada.