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Saúde

Menino diagnosticado com covid-19 e distensão muscular acaba na UTI com grave infecção bacteriana

Por João Paulo Martins  em 10 de dezembro de 2022

Sunnie, de 11 anos, que mora no Reino Unido, precisou lutar pela vida após receber dois diagnósticos errados ao ser infectado por estreptococos do tipo A

Menino diagnosticado com covid-19 e distensão muscular acaba na UTI com grave infecção bacteriana
(Fotos: SWNS/The Independent/Reprodução)

 

Uma britânica afirma que um médico clínico geral havia diagnosticado erroneamente o filho dela com covid-19 e distensão muscular, mas o garoto acabou internado lutando pela vida após ser adquirir uma infecção por estreptococos A.

Ao jornal britânico The Independent, Chontelle Gosling, de 34 anos, compartilhou imagens de seu filho Sunnie, de 11, deitado na cama da UTI, ligado ao equipamento de suporte à vida depois que foi infectado pela perigosa bactéria em julho deste ano. A estreptococos A é responsável por um surto no Reino Unido que já matou, pelo menos, 15 crianças.

Segundo Chontelle, quando o filho ficou doente, os médicos o mandaram para casa para se recuperar, dizendo que ele teria distendido um músculo após "tossir demais".

Apenas quando ela levou o menino a um pronto-socorro é que a equipe médica descobriu que Sunnie apresentava líquido ao redor dos pulmões e do coração.

Como mostra o jornal britânico, a sorte é que o garoto conseguiu sobreviver depois de passar quatro semanas internado no hospital.

“Ele poderia ter morrido. É horrível pensar no trauma para ele e perceber que, se os médicos tivessem dado antibióticos antes que ele ficasse realmente doente, não estaríamos nessa situação. No hospital, eles ficaram bastante surpresos por meu filho ter permanecido em casa por tanto tempo”, comenta Contelle Gosling ao The Independent.

A mãe revela que Sunnie teria contraído a bactéria durante o Verão, mas quando ela o levou a um clínico geral entre 15 e 17 de junho, o garoto foi mandado de volta para casa.

“Fiquei preocupada porque fomos ao médico duas vezes. Na primeira vez, pensaram que era covid e, na segunda, pensaram que ele havia distendido um músculo. Disseram que deveríamos esperar até segunda-feira. Eles auscultaram seus pulmões e disseram que não havia nada”.

No entanto, quando a condição do menino piorou, a mãe o levou ao departamento de emergência do Colchester Hospital, em Essex, na manhã de 20 de junho. Em seguida, Sunnie foi levado de ambulância ao hospital Royal Brompton, em Londres, para atendimento especializado. De acordo com Chontelle, a gravidade da situação foi percebida enquanto eles se dirigiam para lá.

“Chegamos lá e havia cerca de 11 pessoas esperando por nós. Ele foi direto para a UTI. Fizeram todo tipo de exame e disseram que havia muito líquido em volta dos pulmões e temiam que ele tivesse líquido no coração. Eu estava desesperada”, conta a mãe ao jornal britânico.

Os médicos decidiram operar o garoto para drenar o fluido dos pulmões e determinar se havia atingido o coração. A cirurgia foi um sucesso, mas assim que a condição de saúde de Sunnie melhorou gradualmente, ele apresentou uma piora repentina dias depois. Os médicos chegaram a temer que fosse sepse (infecção generalizada).

Felizmente, ele respondeu aos antibióticos e começou a se recuperar. Sunnie passou um mês internado na terapia intensiva, perdendo muito do peso corporal antes de finalmente poder voltar para casa em 16 de julho. Durante a estadia no hospital, foi diagnosticado com uma grave infecção por estreptococos do grupo A.