VÍDEO: humorista Leo Lins causa polêmica ao fazer piada com surdos-mudos e Mal de Parkinson

O humorista carioca Leonardo de Lima Borges Lins, mais conhecido como Leo Lins, de 39 anos, voltou a virar notícia na internet ao gerar polêmica com piada que envolve surdos-mudos.

Em vídeo compartilhado no Instagram, com trecho de seu show intitulado Perturbador, o comediante pergunta o que aconteceria se um surdo-mudo fosse portador de Mal de Parkinson.

"Acho impressionante essa linguagem de sinais, você se comunicar sem precisar falar. Eu fiquei me perguntando se as cosias que acontecem na linguagem falada também acontecem na linguagem de sinais, Por exemplo, um surdo-mudo com Mal de Parkinson é considerado gago?", afirma Leo Lins na gravação compartilhada na última segunda (11/4) em seu perfil no Instagram.

Claro que ele recebeu inúmeros comentários negativos, especialmente de pessoas ligadas à inclusão.

"Capacitismo recreativo não é humor!", critica o usuário intitulado @netolibras.

"Capacitista! Falta de respeito com as pessoas da comunidade surda que temos aqui", diz a internauta @leticianavero_.

"Desnecessário! Você tem que aprender muito. Seu humor é pejorativo para a comunidade surde [sic]. Não reproduzam o que ele fez, humor nocivo!", publica o perfil de @librasdafasi

"Piada de mal gosto, viu?! Respeita a comunidade surda e a comunidade com Mal de Parkinson!", diz @fabyclaro também em resposta ao humorista.

Após tantas críticas, Leo Lins apenas compartilhou nos Stories algumas publicações contrárias à sua piada. Ele não pediu desculpas nem explicou o conteúdo de seu polêmico vídeo.

Uma das pessoas que apareceram na rede social do humorista carioca, o influenciador digital Ivan Baron, que possui paralisia cerebral, comentou os Stories de Leo Lins em seu perfil no Twitter.

"Leo Lins me expondo nos Stories e ainda falando da minha voz. 'Mas se minha voz fosse desse jeito, ai acho que também preferia ser mudo'. VOCÊS TÊM NOÇÃO DO PESO DESSE COMENTÁRIO PARA UMA PESSOA COM PARALISIA CEREBRAL? A gente passa anos da nossa vida em um processo de aceitação, seja dos nossos corpos ou até mesmo da VOZ, porque na infância o que não faltou foi brincadeiras envolvendo essas questões", diz Baron na rede social de 280 caracteres.