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Bem-Estar

Estudo associa dieta mediterrânea à melhora da disfunção erétil

Por João Paulo Martins  em 25 de agosto de 2021

O hábito alimentar saudável, que valoriza peixes, nozes e azeite, também favorece o sistema cardiovascular e a capacidade de praticar esportes

Estudo associa dieta mediterrânea à melhora da disfunção erétil
(Foto: Pixabay)

Um estudo que será apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, entre os dias 27 e 30 de agosto, afirma que homens hipertensos que sofrem de disfunção erétil podem apresentar melhoras se adotarem a dieta mediterrânea, que valoriza o consumo de frutas, vegetais, grãos inteiros, peixes oleosos e azeite de oliva. Normalmente, essa dieta limita o consumo de carne vermelha.

Como mostra o site da ONG Study Finds, que explica de forma popular os achados científicos, a pesquisa europeia examinou os níveis de testosterona, o fluxo sanguíneo, a rigidez arterial e a capacidade de ereção de 250 homens (média de 56 anos) com pressão alta e disfunção erétil.

Usando questionários, a equipe avaliou de 0 a 55 o quanto cada homem aderiu à dieta mediterrânea. Os voluntários também participaram de testes de esteira e tiveram a testosterona medida por meio de amostras de sangue.

Ecocardiogramas foram usados para monitorar a saúde do sistema cardiovascular e a capacidade de aumentar o fluxo sanguíneo quando necessário. A equipe também examinou a rigidez das artérias de cada participante. Valores mais altos no índice de aumento e na pressão de pulso central significam que uma pessoa tem artérias mais rígidas. Nos homens, isso pode aumentar o risco de disfunção erétil, alerta o site.

Os resultados do estudo mostram que os homens com uma pontuação da dieta mediterrânea acima de 29 tiveram melhor fluxo sanguíneo e níveis mais altos de testosterona. Eles também apresentaram melhor desempenho erétil e menos rigidez arterial.

Condicionamento físico também importa

Homens que realizam exercícios regulares apresentaram maior reserva de fluxo de sangue coronariano e mais hormônio masculino (testosterona).

Curiosamente, de acordo com o Study Finds, os voluntários mais saudáveis foram os que mais aderiram à dieta mediterrânea, com pontuações acima de 25. Como resultado, esses homens também tiveram maior capacidade de ereção e apresentaram níveis mais baixos de rigidez arterial.

“Em nosso estudo, a dieta mediterrânea foi associada a melhores artérias, fluxo sanguíneo mais saudáveis, níveis mais altos de testosterona e melhor desempenho erétil. Embora não tenhamos examinado os mecanismos, parece plausível que esse padrão alimentar possa melhorar o condicionamento físico e o desempenho erétil, aumentando a função dos vasos sanguíneos e limitando a queda da testosterona que ocorre na meia-idade”, comenta Athanasios Angelis, da Universidade de Atenas, na Grécia, autor do estudo, citado pelo site da ONG americana.

Ainda segundo o especialista, a dieta mediterrânea pode desempenhar um papel na manutenção de vários parâmetros da saúde vascular e da qualidade de vida em homens de meia-idade com hipertensão e disfunção erétil.