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Alimentação

Lojas do KFC na Austrália estão trocando alface por repolho após aumento de preço da hortaliça

Por João Paulo Martins  em 07 de junho de 2022

Perda de parte da safra de alface na costa australiana fez preço disparar. Com isso, famosa franquia de frango frito precisou mudar os sanduíches

Lojas do KFC na Austrália estão trocando alface por repolho após aumento de preço da hortaliça
(Foto: Instagram/kfc/Reprodução)

 

A rede americana de fast food KFC foi forçada a usar repolho em seus hambúrgueres na Austrália, depois que uma escassez de alface fez os preços da hortaliça dispararem.

De acordo com o jornal britânico The Telegraph, a famosa empresa de frango frito comunicou aos clientes australianos que usará uma mistura de alface e repolho em seus restaurantes depois que fortes inundações na costa leste da Austrália, no início deste ano, destruíram grande parte da safra do vegetal usado nos sanduíches.

Essa decisão vem após o Subway também ficar sem alface em algumas de suas franquias australianas. Os consumidores também encontram altos preços da salada básica nas prateleiras dos supermercados, revela o jornal.

O déficit de vegetais é a mais recente crise a atingir o abastecimento de alimentos no país e leva o KFC a mudar seu cardápio pela segunda vez este ano.

No início de 2022, uma escassez de frango causada por um surto de covid-19 no maior fornecedor da Austrália forçou a rede de fast food a reduzir o cardápio.

Como o resto do mundo, a Austrália ainda está enfrentando problemas na cadeia de suprimentos relacionados à pandemia e escassez contínua de mão de obra, esclarece o The Telegraph.

A guerra da Rússia com a Ucrânia também gerou problemas de abastecimento e aumentou o custo dos principais produtos agrícolas, além de elevar o preço dos combustíveis e dos fertilizantes.

A Austrália, que é um grande exportador de alimentos, também foi atingida por condições climáticas extremas, incluindo graves inundações que causaram estragos em Sidney e em toda a costa leste do país no início do ano.

A crise contribuiu para um aumento da inflação, com os preços ao consumidor subindo 5,1% no primeiro trimestre, o que representa a maior taxa de inflação dos últimos 20 anos, segundo o jornal britânico.