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Saúde

Texana diz ter adquirido covid-19 após 2ª dose da vacina da Moderna

Por João Paulo Martins  em 16 de março de 2021

A professora Paige Crain apresentou sintomas parecidos com os do resfriado duas semanas após o imunizante

Texana diz ter adquirido covid-19 após 2ª dose da vacina da Moderna
Paige Crain mora no Texas (EUA) e afirma ter sido infectada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) mesmo após receber a segunda dose da vacina da Moderna (Foto: KXAN/Reprodução)

Uma moradora do Texas (EUA) afirma ter testado positivo para o novo coronavírus (SARS-CoV-2) após receber a segunda dose da vacina da Moderna para a covid-19.

A professora Paige Crain, que vive na cidade de Austin, em entrevista à emissora local KXAN na última segunda (15/3), afirma que foi vacinada pela segunda vez no final de fevereiro. Apesar de ter “afrouxado” um pouco os cuidados, ela diz que continuou a aderir aos protocolos de segurança relacionados ao SARS-CoV-2, já que seu filho mais novo está no grupo de risco da doença.

Duas semanas após receber a segunda dose, Crain revela que começou a apresentar sintomas semelhantes aos do resfriado. Mais tarde alega ter testado positivo para covid-19.

Vacinas não geram 100% de proteção

A americana provavelmente se encontra entre os raros casos de falha no imunizante, por isso teria contraído o novo coronavírus apesar das duas doses da vacina da Moderna. Mas justamente por ter sido imunizada, Paige Crain apresentou apenas sintomas leves, de acordo com especialistas ouvidos pela emissora americana Fox News.

Segundo o médico John Whyte, do site de saúde WebMD, embora raros, casos de infecção pós imunização são possíveis. As vacinas são muito boas, diz ele, mas “não são 100% eficazes”.

Na verdade, os imunizantes para covid-19 da Pfizer e da Moderna são altamente eficazes, com 95% de capacidade de prevenção para pessoas vacinadas pelo menos duas semanas após a primeira dose, de acordo com o especialista.

À emissora, Whyte afirma que casos como de Crain podem ocorrer se a pessoa for infectada no momento em que recebe a vacina ou se for exposta ao vírus antes que seu corpo tenha criado imunidade.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização (Sbim), em seu site oficial, algumas vacinas não conseguem evitar a doença por completo, mas amenizam sua gravidade e têm como propósito prevenir possíveis complicações.

“Um exemplo é a vacina contra Influenza [gripe sazonal] quando aplicada em grupos de risco, como idosos e portadores de doenças crônicas. A pessoa pode contrair a gripe, mas a vacinação adequada reduzirá de modo significativo o risco de complicações da doença, como internações ou até mesmo o óbito”, esclarece a Sbim em texto publicado em seu site.