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Saúde

EUA analisam 300 casos de inflamação cardíaca em jovens vacinados contra covid-19

Por João Paulo Martins  em 20 de junho de 2021

Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos ainda não sabe dizer o que estaria causando miocardite e pericardite em menores de 18 anos

EUA analisam 300 casos de inflamação cardíaca em jovens vacinados contra covid-19
(Foto: Freepik)

Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC na sigla em inglês) dos Estados Unidos está analisando mais de 300 casos de inflamações no coração (miocardite e pericardite) em jovens que receberam as vacinas para covid-19. A informação foi dada pela médica Rochelle Walensky, diretora do CDC, na última quinta (17/6), e divulgada pela emissora americana NBC.

“Os casos são raros. Mais de 20 milhões de adolescentes e jovens adultos foram vacinados nos Estados Unidos”, afirma a especialista, citada ela emissora.

Ainda assim, os casos de miocardite e pericardite, que envolvem inflamação do coração ou do tecido circundante, são maiores do que o esperado para essa faixa etária.

O Comitê Consultivo em Práticas de Imunização do Centro de Controle e Prevenção de Doenças deve revisar os casos e discutir as pesquisas mais recentes e os dados de segurança sobre miocardite após as injeções, mas não se espera nenhuma alteração nas recomendações de vacinação da covid-19, revela a NBC.

A injeção da Pfizer-BioNTech é a única autorizada até agora para crianças de 12 a 17 anos nos EUA, embora jovens de 18 anos ou mais possam receber os imunizantes da Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson.

Ainda não está claro se as vacinas são a causa do problema cardíaco, embora o CDC tenha afirmado que as evidências de uma ligação estão se tornando mais fortes.

No pronunciamento de quinta (17/6), a diretora Rochelle Walensky, citada pela emissora, diz que o CDC pediu “aos médicos que fiquem atentos e relatem pacientes com sintomas de miocardite ou pericardite após a vacinação”.

A médica explica que os sintomas das inflamações cardíacas podem incluir febre e fadiga, bem como falta de ar e dor no peito. Segundo ela, a maioria dos casos não foi grave e se resolveu totalmente com repouso e cuidados de suporte.