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Saúde

Dia dos Animais: hamster de estimação pode transmitir covid-19?

Por Da Redação  em 14 de março de 2022

Estudo chinês descobre que a variante Delta do coronavírus em roedores de pet shop pode ter causado surto em Hong Kong

Dia dos Animais: hamster de estimação pode transmitir covid-19?
(Foto: Freepik)

 

Hamsters de estimação podem transmitir covid-19 para humanos e foram a fonte mais provável de um surto da variante Delta em Hong Kong, na China, segundo estudo publicado na revista científica The Lancet no último sábado (12/3).

Embora a transmissão do coronavírus de humano para animal tenha sido relatada anteriormente, ainda não há evidências, com exceção de fazendas de criação de martas ou vison, de que outros pets poderiam transmitir a covid para as pessoas.

Segundo o jornal britânico The Independent, pesquisadores da Universidade de Hong Kong descobriram que uma loja de animais na área de Causeway Bay, em Hong Kong, era a provável fonte de um surto de coronavírus e mais de 2.000 hamsters foram abatidos depois que um membro da equipe e um cliente contraíram a variante Delta, no início deste ano.

Uma funcionária de 23 anos da pet shop, que recebeu duas doses da vacina Pfizer-BioNTech, testou positivo para covid-19 em 15 de janeiro, tornando-se o primeiro caso de Delta de Hong Kong em mais de três meses, revela o jornal.

Uma mãe que visitou a loja com sua filha também testou positivo em 17 de janeiro, enquanto os filhos e o marido posteriormente tiveram a doença confirmada.

De acordo com o estudo, oito (50%) dos 16 hamsters sírios testados na pet shop testaram positivo para o coronavírus. O sequenciamento do genoma sugeriu que os roedores foram infectados com a variante Delta em meados de outubro, informa o The Independent.

A fonte de infecção continua um mistério, no entanto, os pesquisadores disseram que as descobertas sugerem que o vírus está sendo transmitido entre os hamsters há algumas semanas, inclusive na fazenda de criação que abastece a loja.

“Como o vírus Delta não estava em circulação em Hong Kong há três meses, a importação de hamsters infectados era, portanto, a fonte mais provável de introdução da infecção”, afirmam os especialistas no artigo recém-publicado, citados pelo jornal britânico.

“Também fornecemos evidências que sugerem a possibilidade de circulação internacional da infecção por SARS-CoV-2 por meio do comércio de animais de estimação. Os resultados genéticos e epidemiológicos sugerem fortemente que houve duas transmissões independentes de hamster para humano e que tais eventos podem levar a um surto”, comenta o pesquisador Leo Poon, da Universidade de Hong Kong, um dos autores do estudo, citado pelo The Independent.