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Saúde

Autoridades chinesas descartam risco de pandemia do vírus H10N3

Por João Paulo Martins  em 01 de junho de 2021

Essa nova cepa da gripe aviária foi detectada em humanos pela primeira vez na China e já está causando preocupação no mundo

Autoridades chinesas descartam risco de pandemia do vírus H10N3
(Foto: Freepik)

Nesta terça (1/6), o governo da China anunciou o primeiro caso de infecção humana da cepa H10N3 da gripe aviária, mas disse que o risco de se espalhar entre as pessoas  e causar uma pandemia, como a covid-19, é baixo. A informação foi divulgada pela emissora americana CBS.

Como mostra o noticiário, um homem de 41 anos foi internado num hospital da cidade de Zhenjiang dia 28 de abril com sinais de febre. Ele foi diagnosticado com o vírus H10N3 um mês depois, conforme a Comissão Nacional de Saúde da China divulgou em comunicado online.

“O risco de propagação em grande escala é extremamente baixo”, afirma a comissão, citada pela CBS, acrescentando que o homem estava com a condição de saúde estável e que não houve relatos de “anormalidades”.

Porém, as autoridades chinesas não disseram como o homem contraiu a doença.

De acordo com a emissora, a Comissão Nacional de Saúde da China descreve o H10N3 como de baixa patogenicidade – menos provável de causar morte ou sintomas graves – em aves.

Além disso, o órgão afirma que não houve nenhum caso humano de H10N3 relatado anteriormente no mundo.

Vale lembrar que várias cepas da gripe aviária foram relatadas entre animais na China, mas surtos em massa em humanos são raros.

A última epidemia causada por esse tipo de patógeno na China ocorreu entre 2016 e 2017, com o vírus H7N9. Ele infectou 1.668 pessoas e matou 616, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Após os recentes surtos de gripe aviária na África e na Eurásia, o chefe do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China pediu uma vigilância mais rigorosa nas granjas, mercados e aves selvagens, informa a CBS.

O medo com a notícia da cepa H10N3 surge porque o novo coronavírus (SARS-CoV-2) foi detectado pela primeira vez num mercado de alimentos e animais da cidade de Wuhan, no centro da China, no final de 2019.