Ciência
VÍDEO: astrônomos testemunham estrela supergigante vermelha explodindo numa supernova
Os especialistas nunca haviam flagrado uma estrela desse tipo explodindo em vez de apenas apagar
![VÍDEO: astrônomos testemunham estrela supergigante vermelha explodindo numa supernova](https://cdn.trendsbr.com.br/uploads/noticias/2022/01/07/1bjvg96353f4e.jpg)
Por anos, os cientistas pensaram que as maiores estrelas do Universo, as supergigantes vermelhas, morriam de forma minguante e silenciosa. Mas em 2020, astrônomos americanos testemunharam exatamente o oposto. Uma estrela vermelha gigante, 10 vezes mais massiva que o nosso Sol, se autodestruiu violentamente.
“Esse é um avanço em nossa compreensão do que as estrelas massivas fazem momentos antes de morrer. Pela primeira vez, vimos uma estrela supergigante vermelha explodir”, comenta o pesquisador Wynn Jacobson-Galán, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA), um dos autores do estudo sobre a estrela, publicado na última quinta (6/1) no periódico científico The Astrophysical Journal, citado pelo site americano CNET.
Segundo o estudo, a estrela SN2020tlf, localizado a cerca de 120 milhões de anos-luz da Terra na galáxia NGC 5731, deu seu último “suspiro” durante 130 dias, até explodir.
“É como assistir a uma bomba-relógio”, afirma a pesquisadora Raffaella Margutti, da Universidade de Northwestern (EUA), principal autora do artigo, também citada pelo site americano.
A iluminação muito forte da estrela indicava que ela não estava dormente ou minguando, como costuma ocorrer com as supergigantes vermelhas já observadas antes da morte. A SN2020tlf era muito ativa à medida que se deteriorava, provavelmente liberando gás reprimido com grande vigor e alterando sua estrutura interna de alguma forma, de acordo com os pesquisadores.
Então, “de repente”, a estrela explodiu numa supernova que encheu o céu de luz. “Nunca confirmamos tal atividade violenta numa estrela supergigante vermelha moribunda. A vimos produzir uma gigantesca luminosidade, entrar em colapso e em combustão”, comenta Margutti, segundo o CNET.
Os pesquisadores fizeram a descoberta reveladora coletando dados do observatório W. M. Keck, no Havaí (EUA).