Relatório da Nasa sobre óvnis revela que não há indícios de atividades extraterrestres

Em conferência divulgada nesta quinta (14/9), a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (National Aeronautics and Space Administration ou Nasa) dos EUA afirmou que seu primeiro estudo sobre os fenômenos aéreos não identificados (Fanis), antigos óvnis, não encontrou evidências de atividades extraterrestres.

A Nasa contratou um grupo independente de especialistas em 2022 para informar sobre como os dados sobre os Fanis podem ser coletados e analisados na tentativa de compreender esses fenômenos.

O administrador da agência espacial, Bill Nelson, informou nesta quinta que será criado um departamento especializado no estudo dos Fanis, numa tentativa de dar sentido às “anomalias nos céus” encontradas com frequência.

“Usaremos inteligência artificial e aprendizagem de máquina para procurar anomalias nos céus e continuaremos a procurar habitabilidade”, diz Nelson, citado pelo site americano Space.

Ele não disse quem ficará responsável por esse departamento e negou que o governo dos EUA esteja sendo “pouco transparente” em relação aos fenômenos reconhecidos e que não podem ser identificados. Bill Nelson insistiu que a Nasa não encontrou “nenhuma evidência de que os Fanis têm origem extraterrestre”.

“Hoje há muita preocupação de que existam documentos confidenciais e de que o governo dos EUA não esteja sendo verdadeiro. Bem, nós somos o governo dos EUA e estamos abertos e seremos claros sobre isso”, comenta o administrador da agência. Porém, deixou claro que não pode pôr a mão no fogo por outros departamentos governamentais envolvidos na análise de óvnis.

No evento desta quinta (14/9), foram apresentados os resultados do primeiro estudo da Nasa sobre os fenômenos aéreos não identificados, popularmente conhecidos como óvnis. Entre as conclusões finais do relatório, a agência espacial observa que os Fanis existem e que são uma “ameaça óbvia ao espaço aéreo dos Estados Unidos”.

Com base em testemunhos de avistamentos recolhidos ao longo dos anos, a Nasa tentará realizar um estudo mais amplo, que define como sendo um “desafio”, revela o Space. Ele exigirá “métodos novos e robustos de aquisição de dados, técnicas avançadas de análise, um quadro sistemático de relatórios e redução do estigma dos relatórios”, explica a agência no relatório. “A Nasa, com a sua vasta experiência nesses domínios e a sua reputação global de abertura científica, está numa excelente posição para contribuir para os estudos”, completa.