Cometa Leonard poderá ser visto a olho nu entre dezembro e janeiro

A comunidade astronômica em todo o mundo está ansiosa para observar o cometa C/2021 A1, mais conhecido como Leonard, que brilhará no céu neste final do ano. Atualmente, ele está se dirigindo para o Sol e alcançará o periélio (ponto mais próximo) em 3 de janeiro de 2022, informa o site de notícias astronômicas EarthSky.

O cometa foi descoberto no início de 2021 pelo astrônomo americano Greg Leonard, da Universidade do Arizona (EUA). As imagens da descoberta já mostravam que o objeto possuía uma enorme cauda conforme se aproximava da Terra e Sol.

Leonard estará o mais próximo possível de nosso planeta no dia 12 de dezembro. Na verdade, conforme o site especializado, serão 34 milhões de km de distância da Terra. Seis dias depois, em 18 de dezembro, o cometa passará “perto” de Vênus, a “apenas” 4,2 milhões de km de distância.

O curioso objeto espacial orbitará o Sol no dia 3 de janeiro de 2022, a uma distância de cerca de 90 milhões de km, revela o EarthSky. Nesse momento, o cometa estará muito fraco para ser observado a olho nu da Terra.

Poderemos ver o Leonard?

De acordo com o site americano, o cometa ficará brilhante o suficiente para ser visto a olho nu possivelmente no início de janeiro, perto do periélio. Mas Leonard, por ser um cometa de magnitude 4, não aparecerá tão brilhante no céu noturno quanto uma estrela de mesma magnitude, explica o site.

Um objeto de magnitude 4 como esse será melhor visualizado usando um binóculo. O EarthSky afirma que o cometa estará visível no hemisfério sul entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022.

Quem mora em metrópoles cheias de luz podem não conseguir observar adequadamente o esperado corpo celeste.

Cometa ultrarrápido

Uma característica surpreendente do Leonard é que ele é um cometa ultrarrápido, revela o site americano. Ele está viajando a 254.412 km/h ou 70,67 km/s.

Para se ter uma ideia, a Terra orbita o Sol a uma velocidade de 108.000 km/h ou 30 km/s.

Apesar de o cometa ser muito rápido, poderemos vê-lo passar pelo céu noturno de forma tranquila, já que a velocidade dele é muito pequena em relação às distâncias astronômicas.