Arqueólogos encontram em Israel um anel milenar para “curar” ressaca

Existem várias “receitas” que supostamente ajudam a curar a ressaca pós-bebedeira. Mas arqueólogos encontraram em Israel algo bem inusitado: um anel de ouro com ametista que promete evitar os efeitos negativos do álcool.

Segundo a emissora americana CNN, a antiga ajoia foi desenterrada na cidade de Yavne, a 23 km da capital israelense Tel Aviv, num local que abrigou a maior vinícola da era bizantina.

Em comunicado à imprensa, citado pela emissora, o arqueólogo Amir Golani, da Autoridade de Antiguidades de Israel, afirma que a ametista pode ter sido usada para prevenir os efeitos nocivos do álcool após uma bebedeira.

“Muitas virtudes foram associadas a essa joia, incluindo a prevenção do efeito colateral da bebida: a ressaca”, completa o especialista.

O anel foi encontrado a apenas 150 m de distância de um depósito que continha fragmentos de ânforas, um tipo de jarro usado na antiguidade para armazenar vinho, revela a CNN. O local da escavação foi datado como sendo do século VII, por volta do final da era bizantina e início do primeiro período islâmico, embora os arqueólogos acreditem que a joia pode ser ainda mais antiga.

“Os anéis de ouro incrustados com ametista são conhecidos no mundo romano e é possível que a descoberta pertença às elites que viviam na cidade já no século III depois de Cristo”, informa comunicado citado pela emissora americana.

De acordo com Amir Golani, os antigos acreditavam que a ametista tinha muitas outras “virtudes” e possuía propriedades religiosas, sendo até mencionada na Bíblia. Citado pela CNN, ele especula que o anel recém-descoberto pesa cerca de 5,11 g e pertenceu a uma pessoa “rica”.

A emissora lembra que a ametista não é o único remédio antigo para ressaca que caiu em desuso. Em 2015, um papiro de 1.900 anos trazia uma receita grega que recomendava o uso de colar de folhas de louro como “cura para a dor de cabeça pós bebida”.