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Bem-Estar

Empresa cria remédio para alopecia areata com 40% de eficácia na recuperação quase total do cabelo

Por João Paulo Martins  em 27 de maio de 2022

O tratamento inovador ainda está em fase de testes e foi criado pela farmacêutica americana Concert Pharmaceuticals

Empresa cria remédio para alopecia areata com 40% de eficácia na recuperação quase total do cabelo
O remédio CTP-543 é voltado para a alopecia areata e não para a calvície genética (Foto: iStock)

  

Milhares de pessoas que sofrem com queda de cabelo ou mesmo alopecia areata (inflamação) em breve podem voltar a apresentar as madeixas graças a um novo medicamento.

A empresa farmacêutica americana Concert Pharmaceuticals desenvolveu uma pílula, chamada CTP-543, que deve ser ingerida duas vezes ao dia e já apresentou resultado promissor em um teste inicial.

Como mostra a versão britânica do jornal Metro, o estudo descobriu que quatro em cada 10 pacientes que sofrem de alopecia areata foram capazes de recuperar quase todo o cabelo em seis meses.

Infelizmente, a empresa responsável pelo CTP-543 diz que ele não pode ser usado por milhões de homens que sofrem de calvície genética e ficam carecas conforme envelhecem.

A droga tem como alvo a alopecia areata, que ocorre quando o corpo ataca os folículos pilosos, causando a queda dos fios de cabelo. Segundo dados apresentados no site do oncologista Drauzio Varela, essa condição afeta de 1% a 2% da população mundial e pode surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos tenham sido relatados em pessoas de menos de 20 anos.

De acordo com a Concert Pharmaceuticals, citada pelo Metro, o estudo de Fase 3 consistiu em um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo em 706 pacientes adultos de 18 a 65 anos com alopecia areata moderada a grave, que viviam em diferentes locais dos EUA.

Eles foram divididos em três grupos, que receberam placebo, um comprimido de 8 mg, duas vezes ao dia, ou uma dose de 12 mg, também duas vezes ao dia. Os grupos que ingeriram o CTP-543 tiveram taxa de crescimento do cabelo significativamente maior do que os que receberam placebo, afirmam os pesquisadores.