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Bem-Estar

Dar 7.000 passos por dia pode reduzir risco de morte, diz estudo

Por João Paulo Martins  em 08 de setembro de 2021

Caminhar faz bem para a saúde e cientistas descobriram que dar pelo menos 7.000 passos todos os dias pode reduzir em até 70% a mortalidade

Dar 7.000 passos por dia pode reduzir risco de morte, diz estudo
(Foto: Freepik)

 

Todo mundo sabe que caminhar faz bem para a saúde. Mas existe uma quantidade mínima de passos para que o exercício seja efetivo? Até então, acreditava-se que o melhor para nosso organismo seria caminhar 10.000 passos todos os dias.

No estudo publicado na última sexta (3/9) no jornal científico Jamal Network Open, cientistas avaliaram mais de 2.000 homens e mulheres (negros e brancos) provenientes de quatro cidades dos Estados Unidos.

O grupo, com uma média de idade de pouco mais de 45 anos, usava acelerômetro para monitoramento da contagem diária de passos e da intensidade da caminhada durante as horas de vigília.

Segundo o site americano de notícias científicas Science Alert, o experimento começou em 2005, e os participantes foram acompanhados em intervalos regulares até 2018. Ao final do tempo de avaliação, 72 participantes faleceram.

Embora o estudo seja observacional, o que não permite afirmar, com certeza, que caminhar melhora a saúde das pessoas, os pesquisadores identificaram ligações entre os níveis de exercícios e os benefícios em geral para os voluntários.

Mais importante ainda, a pesquisa descobriu que os indivíduos que deram pelo menos 7.000 passos por dia tiveram de 50 a 70% menos risco de morte prematura quando comparados com aqueles que caminharam, em média, menos de 7.000 passos diários durante o tempo do experimento, informa o site especializado.

Curiosamente, a intensidade do passo (rapidez do caminhar) não teve efeito sobre a mortalidade, de acordo com o estudo.

Os cientistas afirmam que aumentar o volume de passadas diárias para pessoas menos ativas pode conferir maior proteção contra a mortalidade. Mas a partir de certa quantidade de passos, os efeitos deixam de ser observados, pelo menos nesse estudo, explica o Science Alert.

“Dar mais de 10.000 passos por dia não foi associado a uma redução adicional no risco de mortalidade”, explicam os pesquisadores no artigo recém-publicado.

Embora as descobertas confirmem o que já se sabia sobre os benefícios da caminhada, o novo limite de 7.000 passos é certamente um alvo mais fácil de atingir do que os 10.000 que se estimava anteriormente.

“Passos por dia é uma métrica simples, fácil de monitorar e uma boa maneira de promover a saúde. Dar 7.000 passos diariamente pode ser uma grande meta para muitas pessoas que atualmente não estão atingindo essa quantidade”, comenta a pesquisadora Amanda Paluch, da Universidade de Massachusetts, nos EUA, uma das autoras do estudo, citada pelo site americano.