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Saúde

Não há relação comprovada entre o surto de hepatite em crianças e as vacinas da covid-19

Por João Paulo Martins  em 26 de abril de 2022

Autoridades de saúde estão estudando as possíveis causas para a doença do fígado que registra casos na Europa, no Reino Unido e nos EUA

Não há relação comprovada entre o surto de hepatite em crianças e as vacinas da covid-19
(Foto: iStock)

 

Com o aumento nos casos de hepatite (inflamação do fígado) entre crianças no Reino Unido, nos EUA e na Europa, surgiram nas redes sociais mensagens sugerindo uma ligação entre as vacinas contra covid-19 e o misterioso surto da doença hepática.

Porém, autoridades de saúde não encontraram relação entre a hepatite nas crianças e as doses dos imunizantes.

No início de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UK Health Security Agency ou UKHSA) anunciaram picos de casos de hepatite entre crianças em locais onde essa doença viral normalmente não é detectada.

Um representante da UKHSA confirmou à agência alemã de notícias Reuters que os casos do Reino Unido não estão ligados à vacina da covid-19.

“Nenhuma das crianças com casos atualmente confirmados de hepatite no Reino Unido foi vacinada”, diz a entidade britânica de saúde.

Uma das várias causas potenciais para o surto da doença no fígado é um grupo de vírus chamados adenovírus, explica a UKHSA. Outras possíveis causas que estão sendo investigadas incluem infecções diversas, questões ambientais e o próprio coronavírus.

Dos 13 casos relatados na Escócia, três deram positivo para covid; cinco testaram positivo para adenovírus; e dois resultados ainda estão pendentes, informa a agência alemã.

Casos de hepatite em crianças, com causas desconhecidas, também foram relatados na Irlanda e na Espanha, com investigações em andamento, de acordo com a OMS. O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças também confirmou em 19 de abril casos adicionais na Holanda e na Dinamarca, diz a Reuters.

A OMS afirma à agência que está ciente dos casos suspeitos no Reino Unido, Espanha, Irlanda, Dinamarca, Holanda e EUA e que está mantendo contato com os países envolvidos para verificar os relatórios e obter novas informações.