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Saúde

Estudo associa apneia obstrutiva do sono ao maior risco de morte súbita

Por João Paulo Martins  em 21 de agosto de 2021

Segundo os cientistas, a redução ou o bloqueio da passagem de ar durante o sono pode aumentar em até duas vezes o risco de morte repentina

Estudo associa apneia obstrutiva do sono ao maior risco de morte súbita
(Foto: iStock)

A apneia obstrutiva do sono, segundo um estudo realizado pela Universidade Estadual Penn State, nos EUA, e publicado em junho no periódico científico BMJ Open Respiratory Research, pode aumentar significativamente o risco de morte súbita.

Como mostra o site americano de notícias médicas Medical News Today, a apneia obstrutiva é caracterizada pela redução ou bloqueio completo do fluxo de ar durante o sono. Esse distúrbio leva a várias consequências, incluindo sonolência excessiva de dia, fadiga, ronco pesado e sono não reparador.

Os pesquisadores da Penn State realizaram uma revisão sistemática de 22 estudos com foco na apneia obstrutiva do sono, em mortes por doenças cardiovasculares e mortes súbitas. A análise incluiu um total combinado de mais de 42.000 voluntários de todo o mundo, com idade média de 62 anos – 64% dos voluntários eram homens.

As descobertas apontam que os indivíduos com apneia obstrutiva do sono tinham aproximadamente duas vezes mais probabilidade de sofrer morte súbita do que aqueles que não tinham a condição. O estudo também identificou que a apneia resulta num risco quase duas vezes maior de morte por doenças cardiovasculares, que aumenta com a idade.

Segundo o Medical News Today, os cientistas alertam para algumas limitações do estudo.

Como a pesquisa envolveu 22 estudos separados, outros fatores além da apneia obstrutiva do sono podem ter afetado os dados. Além disso, embora a análise incluísse voluntários da América do Norte, Austrália, Europa, Ásia e América do Sul, não havia estudos da África. Portanto, são necessárias novas pesquisas para determinar se os resultados se aplicam às populações africanas.

Citados pelo site especializado, os autores enfatizam a necessidade de tratamentos e intervenções relacionadas à redução e, eventualmente, prevenção da apneia obstrutiva do sono em todo o mundo para otimizar a sobrevivência e aumentar a qualidade de vida das pessoas.