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Saúde

Entenda o câncer de bexiga que afeta o apresentador Celso Portiolli

Por João Paulo Martins  em 28 de dezembro de 2021

O artista do SBT usou as redes sociais para informar aos fãs que foi diagnosticado com um tumor na bexiga, mas que já está sendo tratado

Entenda o câncer de bexiga que afeta o apresentador Celso Portiolli
Celso Portiolli foi diagnosticado com câncer de bexiga e já está se tratando (Foto: SBT/Reprodução)

 

Nesta terça (28/12), o apresentador Celso Portiolli, do SBT, anunciou nas redes sociais que foi diagnosticado com câncer de bexiga.

"Eu tive um câncer de bexiga que foi encontrado na fase mais precoce possível. Já é uma notícia boa, uma informação importante. E o tratamento, o que foi feito: foi feito um procedimento microscópico para remoção desse pólipo. E agora eu vou ter que fazer um tratamento intravesical, que é dentro da bexiga, uma imunoterapia chamada BCG [vacina]", diz o artista.

De acordo com o site do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor na bexiga é classificado de acordo com a célula que sofreu alteração. Existem três tipos: carcinoma de células de transição, que é a maioria dos casos e começa no tecido mais interno da bexiga; carcinoma de células escamosas, quando afeta as células delgadas e planas depois de uma infecção ou irritação prolongada; e o adenocarcinoma, que se inicia nas células de secreção, também após uma irritação ou inflamação de longa duração.

"Quando o câncer se limita ao tecido de revestimento da bexiga, é chamado de superficial. O câncer que começa nas células de transição pode se disseminar através do revestimento da bexiga, invadir a parede muscular e disseminar-se até os órgãos próximos ou gânglios linfáticos, transformando-se num câncer invasivo", esclarece o Inca.

Em 2020 foram registrados 10.640 casos de câncer de bexiga, sendo 7.590 em homens e 3.050 em mulheres, conforme dados do instituto. Além disso, ele causou 4.517 mortes no Brasil nesse mesmo ano.

 

Sintomas e diagnóstico

 

O inca explica que os sinais mais comuns do tumor na bexiga são: sangue na urina, dor durante o ato de urinar e necessidade frequente de urinar, mas sem conseguir fazê-lo.

O diagnóstico precoce é essencial e pode ser feito por meio de exames clínicos, como tomografias e citoscopia (imagem interna da bexiga), logo ao aparecerem os sintomas. Durante a citoscopia pode ser feita biópsia.

O Inca lembra que a dor ao urinar e a presença de sangue na urina são sinais de outros problemas do trato urinário, mas que merecem atenção.

 

Tratamento

 

As principais terapias de combate ao câncer de bexiga, como mostra o Instituo Nacional do Câncer, dependem do grau de evolução da doença. "A cirurgia pode ser de três tipos: ressecção transuretral, quando o médico remove o tumor por via uretral; cistotectomia parcial, retirada de uma parte da bexiga; ou cistotectomia radical, remoção completa da bexiga, com a posterior construção de um novo órgão para armazenar a urina", diz o site do Inca.

Após a remoção total do tumor, o médico pode administrar a vacina BCG dentro da bexiga para tentar evitar o retomo do tumor.

Outro tratamento é a radioterapia, que pode ser adotada nos casos mais agressivos. A quimioterapia também pode ser usada.