busca

Ciência

ONG adquire parque na África do Sul e vai liberar 2.000 rinocerontes-brancos na natureza

Por João Paulo Martins  em 05 de setembro de 2023

A African Parks comprou o Platinum Rhino em 2023 e quer reintroduzir os animais na natureza ao longo de 10 anos

ONG adquire parque na África do Sul e vai liberar 2.000 rinocerontes-brancos na natureza
(Foto: Freepik)

 

A ONG conservacionista African Parks planeja libertar 2.000 rinocerontes-brancos-do-sul na África do Sul após ter adquirido o maior parque particular de criação desses animais, que são o segundo maior mamífero terrestre e considerados sob extrema pressão devido à caça ilegal pelo chifre (marfim).

Segundo a emissora britânica BBC, a estimativa é que restem 18 mil rinocerontes-brancos-do-sul na natureza. Eles são classificados como uma espécie quase ameaçada de extinção.

A African Parks espera que, nos próximos 10 anos, consiga “renaturalizar” os 2.000 animais.

A ONG conseguiu um financiamento de emergência para comprar o parque de rinocerontes de 7.800 hectares, conhecido como Platinum Rhino, na província de North West, na África do Sul, após o proprietário John Hume a colocar à venda em abril deste ano.

O projeto da African Parks é um dos maiores programas de renaturalização em todo o continente realizados para qualquer espécie, revela a emissora.

O CEO da ONG, Peter Fearnhead, conta à BBC que, inicialmente, não tinham intenção de adquirir a criação de rinocerontes em cativeiro, mas “reconhece o imperativo moral de encontrar uma solução para esses animais, para que possam mais uma vez desempenhar o seu papel integral em ecossistemas em pleno funcionamento.”

A organização planeia libertar os animais em áreas seguras e bem geridas para protegê-los da caça ilegal e que trabalhará com parceiros financiadores, governos e outros grupos conservacionistas para garantir que isso aconteça.

A população de rinocerontes-brancos-do-sul caiu para o menor nível histórico na década de 1930, chegando de 30 a 40 animais. No entanto, graças a medidas de conservação eficazes, os números subiram para mais de 20.000 em 2012.

A maioria dos exemplares dessa espécie são encontrados na África do Sul, Namíbia, Zimbábue e Quênia. De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza, esses animais estão “quase ameaçados” e poderão estar vulneráveis num futuro próximo.