busca

Ciência

Nova espécie de tarântula descoberta no Equador recebe nome em homenagem a Satanás

Por João Paulo Martins  em 26 de dezembro de 2023

Segundo os cientistas, o temperamento “difícil” do aracnídeo de oito olhos os levou a nomeá-lo como Psalmopoeus satanas

Nova espécie de tarântula descoberta no Equador recebe nome em homenagem a Satanás
Psalmopoeus satanas tem apenas cinco centímetros e um temperamento “difícil” (Foto: Pedro Peñaherrera-R. e Roberto J. León-E./ZooKeys/Divulgação)

 

Uma nova espécie de tarântula de oito olhos foi descoberta no Equador e recebeu o nome em homenagem a Satanás. Segundo o jornal americano New York Post, o aracnídeo vive nas florestas das montanhas das regiões central e oeste do país. O animal foi descrito em estudo publicado em 13 de dezembro na revista científica ZooKeys.

Ela foi chamada oficialmente de Psalmopoeus satanas, ou tarântula-de-satanás, devido ao “temperamento ruim”. A aranha foi localizada sob um bambuzal e se “recusou a ser capturada sem lutar”, de acordo com os cientistas.

O aracnídeo tentou, sem sucesso, afastar os pesquisadores e usou “movimentos rápidos e esporádicos”, para fugir da captura.

Ao ser analisada no laboratório, foram descobertas características físicas únicas que mostraram se tratar de uma nova espécie. Os indivíduos do gênero Psalmopoeus são considerados venenosos.

 

Nova espécie de tarântula descoberta no Equador recebe nome em homenagem a Satanás
(Foto: Pedro Peñaherrera-R. e Roberto J. León-E./ZooKeys/Divulgação)

 

A tarântula-de-satanás tem corpo marrom-escuro e pouco menos de cinco centímetros de comprimento, além de oito olhos. As pernas são cobertas de pelos “dourados”.

Cientistas da Universidade São Francisco de Quito, citados pelo New York Post, dizem ter gostado muito do espécime enquanto o estudavam, apesar do “temperamento ruim e dos ataques esporádicos”.

O estudo afirma que a nova espécie por estar “criticamente ameaçada” devido às ameaças ao seu habitat, como a mineração ilegal e a agricultura. A tarântula-de-satanás vive nos Andes, entre 850 e 950 m de altitude, dizem os pesquisadores.