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Cientistas refazem trajetória e asteroide não se chocará com a Terra em 2023

Por Da Redação  em 11 de março de 2022

O 2022 EA1, de 70 m de largura, causou temor na comunidade científica quando foi descoberto em janeiro deste ano

Cientistas refazem trajetória e asteroide não se chocará com a Terra em 2023
(Foto: Freepik)

 

Um asteroide descoberto recentemente que os cientistas acreditavam ter uma trajetória que causaria colisão com a Terra no ano que vem, teve a órbita recalculada e, por sorte, passará longe de nosso planeta.

O 2022 EA1, de 70 m de largura, foi descoberto em 7 de janeiro deste ano e assustou a comunidade científica porque parecia destinado a colidir com a Terra em 4 de julho de 2023, sem que pudéssemos tomar uma medida preventiva, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), citada pelo site americano de notícias astronômicas Space.

“Em janeiro deste ano, tomamos conhecimento de um asteroide com a classificação da escala de Palermo mais alta que vimos nos últimos 10 anos, chegando a -0,66”, diz o astrônomo Marco Micheli, do Centro de Coordenação de Objetos Próximos à Terra da ESA, na Itália, em comunicado citado pelo site americano. “Nos meus quase 10 anos na ESA, nunca vi um objeto tão perigoso”.

A escala de Palermo quantifica os riscos apresentados por objetos próximos à Terra com base na probabilidade de impacto e na destruição que poderia causar. Se atingisse nosso planeta, o 2022 EA1 provavelmente seria capaz de dizimar uma cidade, na mesma escala da bomba atômica lançada sobre a cidade japonesa de Hiroshima, no final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Cálculos da órbita do asteroide, feitos pela ESA na primeira semana após sua descoberta, indicaram o risco de colisão. Isso corroborava com dados de especialistas do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. Em seguida, o objeto espacial desapareceu da visão dos astrônomos por uma semana por causa do brilho intenso ao redor da Lua cheia.

Quando 2022 EA1 ressurgiu, novas observações ajudaram a recalcular sua trajetória, provando que ele passará longe de nosso planeta, a uma distância segura de cerca de 10 milhões de km. Isso é mais de 20 vezes a distância entre a Terra e a Lua, informa o Space.