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Ciência

Chuva de meteoros Tau Herculídeos poderá ser vista nesta segunda e na terça, dias 30 e 31 de maio

Por João Paulo Martins  em 29 de maio de 2022

Para quem deseja observar o fenômeno astronômico, existe uma chance de a chuva se transformar em “tempestade” de estrelas cadentes

Chuva de meteoros Tau Herculídeos poderá ser vista nesta segunda e na terça, dias 30 e 31 de maio
(Foto: iStock)

 

Chuva? Não, uma “tempestade” de meteoros, com até 1.000 estrelas cadentes por hora, deve iluminar o céu noturno nesta segunda (30/5) e na terça (31/5). Trata-se da chuva de meteoros Tau Herculídeos.

Como mostra o site americano de notícias científicas Space, há uma chance de a Terra passar pela região de maior concentração de detritos do cometa que causa a Tau Herculídeos.

Se isso se concretizar, pode levar a uma espetacular “tempestade” de meteoros, com até 1.000 estrelas cadentes por hora. Para quem estiver numa área afastada dos centros urbanos, terá uma visão ainda melhor da chuva de meteoros, porque a Lua será nova.

O fenômeno ocorrerá na direção da constelação de Hércules, na região norte do céu noturno.

Ainda assim, a Nasa alerta que a “tempestade” de estrelas cadentes não está garantida. Caso os detritos do cometa responsável pela chuva estejam viajando a menos de 321 km/h, “nenhum deles alcançará a Terra e não teremos meteoros”, explica Bill Cooke, do Centro de Voo Espacial Marshall, da Nasa, no Alabama (EUA), em publicação compartilhada no blog da agência.

De qualquer forma, a chuva de meteoros Tau Herculídeos deve ser melhor visualizada por volta das 2h.

O responsável por esse fenômeno em nosso Sistema Solar é um cometa, formado por uma “rocha de gelo”, conhecido como 73P/Schwassmann-Wachmann (ou SW3). Ele vem se desfazendo há algum tempo e cerca de 70 detritos dele foram observados em 2006, embora a Nasa suspeite que mais fragmentos estejam “à espreita”.

“Se chegar até nós este ano, os detritos do SW3 atingirão a atmosfera da Terra muito lentamente, viajando a apenas 16 km/s”, afirma a agência espacial americana, citada pelo Space. Meteoros mais lentos tendem a produzir trilhas menos brilhantes no céu, mas ainda podemos ser surpreendidos.