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Comentarista da Jovem Pan diz que "fomos enganados" e que toda ditadura é de "extrema-esquerda"

Por Da Redação  em 01 de agosto de 2022

Segundo o advogado Marco Antônio Costa, a esquerda é que "fez nossa cabeça" todos esses anos para esconder a natureza das ditaduras

Comentarista da Jovem Pan diz que "fomos enganados" e que toda ditadura é de "extrema-esquerda"
Fábio Piperno não conteve o riso quando Marco Antônio Costa disse que "toda ditadura é de extrema-esquerda" (Foto: Twitter/piperno/Reprodução)

 

Na edição da última sexta (29/7) do programa 3 em 1, da emissora Jovem Pan, durante um comentário sobre a convenção do partido PSB, que confirmou o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como vice de Lula nas Eleições 2022, o advogado Marco Antônio Costa, ao ser questionado pelo jornalista Fábio Piperno se o governo de Pinochet (ex-ditador do Chile de 1974 a 1990) era de esquerda, ele respondeu que toda ditadura é de "extrema-esquerda".

"Todo ditador é de esquerda. Essa é a redução que tem que ser feita. Eu vou falar uma coisa séria para o Piperno: isso daí é uma falácia muito exitosa que a esquerda conseguiu enfiar pela goela abaixo das pessoas. Para quem está ouvindo a gente, de uma vez por todas, fascismo e nazismo são regimes autoritários de extrema-esquerda", diz o advogado no 3 em 1 da Jovem Pan.

Enquanto Marco Antônio Costa dava sua opinião sobre qual seria o regime político das ditaduras, Fábio Piperno não escondeu o riso. Aliás, ele compartilhou em seu perfil do Twitter, no último sábado (30/7), um vídeo com esse momento do programa. A gravação já conta com quase 200.000 visualizações.

Como mostra o site da enciclopédia Britannica, o fascismo, que dominou muitas partes da Europa Central, Meridional e Oriental entre 1919 e 1945 e que também teve adeptos na Europa Ocidental, Estados Unidos, África do Sul, Japão, América Latina e Oriente Médio, é uma ideologia política e movimento de massa. "O primeiro líder fascista da Europa, Benito Mussolini, criou o nome de seu partido da palavra latina 'fasces', que se referia a um feixe de olmo ou varas de bétula usado como símbolo da autoridade penal na Roma antiga. Embora os partidos e movimentos fascistas diferissem significativamente uns dos outros, eles tinham muitas características em comum, incluindo o nacionalismo militarista extremo, o desprezo pela democracia eleitoral e o liberalismo político e cultural, a crença na hierarquia social natural e no domínio das elites, e o desejo de criar uma 'volksgemeinschaft' [alemão: 'comunidade do povo'], na qual os interesses individuais estariam subordinados ao bem da nação".

Ao contrário do que disse o advogado e autointitulado "conservador" Marco Antônio Costa, a Britannica revela que os fascistas "não escondiam seu ódio aos marxistas de todos os matizes, dos comunistas totalitários aos socialistas democráticos". "Os fascistas prometeram lidar mais 'firmemente' com os marxistas do que os partidos de direita mais democráticos anteriores. Mussolini fez sua reputação de fascista pela primeira vez desencadeando esquadrões armados de camisas negras contra trabalhadores e camponeses em greve em 1920 e 1921. Muitos dos primeiros nazistas serviram nos 'freikorps', grupos paramilitares formados por ex-soldados para reprimir o ativismo de esquerda na Alemanha no final da Primeira Guerra Mundial. Esquerdistas alemães nas ruas antes de 1933, e quando Hitler chegou ao poder ele enviou centenas de marxistas para campos de concentração e intimidou bairros 'vermelhos' com batidas policiais e espancamentos", explica o site da renomada enciclopédia britânica.