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Estátua do ex-presidente dos EUA Theodore Roosevelt é considerada racista e retirada de museu em Nova Iorque

Por João Paulo Martins  em 22 de janeiro de 2022

A figura de bronze que traz um índio e um negro à pé ao lado do ex-presidente, que está sobre o cavalo, ficava em frente ao Museu Americano de História Natural

Estátua do ex-presidente dos EUA Theodore Roosevelt é considerada racista e retirada de museu em Nova Iorque
A estátua do ex-presidente americano Theodore Roosevelt foi considerada racista e retirada da frente do museu (Foto: Google Street View/Reprodução)

 

Uma estátua do ex-presidente americano Theodore Roosevelt, que governou de 1901 a 1909, que ficava há mais de 80 anos em frente ao Museu Americano de História Natural, ao lado do Central Park, em Manhattan, Nova Iorque, foi retirada na última quarta (19/1), informa o jornal americano The New York Post.

O monumento de bronze representando o 26º presidente em um cavalo ladeado por um africano e um nativo americano, quer estão à pé. Essa cena, conforme o periódico americano, provocou protestos por glorificar o colonialismo e o racismo. Por isso, a enorme estátua foi arrancada com um guindaste logo após a meia-noite de quarta, deixando para trás apenas seu pedestal de concreto.

A controversa efígie será enviada para uma biblioteca em Dakota do Norte em um empréstimo de longo prazo, disseram autoridades ao The New York Post.

A remoção teria custado US$ 2 milhões (R$ 10,92 milhões) e foi realizada pelo próprio museu e pela prefeitura. A decisão de retirá-la, de acordo com o jornal, ocorreu depois que a Comissão de Design Público da cidade de Nova Iorque votou em junho de 2021 para realocar o monumento.

No mês passado, o museu cobriu a estátua de três metros de altura com uma lona laranja antes de ser enviada para a Biblioteca Presidencial Theodore Roosevelt em Medora, Dakota do Norte.

Um dos descendentes do ex-presidente, Theodore Roosevelt V, aplaudiu o plano de remoção no ano passado, dizendo, citado pelo The New York Post: “É adequado que a estátua seja realocada para um lugar onde sua composição possa ser recontextualizada para facilitar discussões difíceis, complexas e inclusivas”.

Ainda assim, alguns críticos chamaram a realocação de uma vitória para a cultura do cancelamento – e um golpe na história.

A estátua foi criticada em meio aos protestos do movimento de direitos humanos Black Lives Matter em todos os EUA, desencadeados pelo assassinato de George Floyd pela polícia em maio de 2020.