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Alimentação

Qual a origem da uva passa, ingrediente tão controverso no Natal?

Por João Paulo Martins  em 24 de dezembro de 2022

A uva passa costuma ser usada no arroz, na farofa e na maionese nas ceias de fim de ano, mas nem todos concordam com o acréscimo desse ingrediente

Qual a origem da uva passa, ingrediente tão controverso no Natal?
(Foto: Freepik)

 

Um dos ingredientes mais controversos da ceia de Natal, a uva passa costuma ser usada no arroz e na farofa. Apesar de ser um alimento amado ou odiado, ele vem sendo usado pela humanidade há milhares de anos.

De acordo com o site da enciclopédia Britannica, as passas, entendidas como sendo certas variedades de uvas secas, já eram cultivadas no ano 2000 a.C. na Pérsia (onde hoje temos o Oriente Médio e Turquia) e no Egito.

As uvas secas são mencionadas também na Bíblia, no Antigo Testamento (Números 6:3), durante o tempo de Moisés. Davi (futuro rei de Israel) foi presenteado com “cem cachos de passas” (1 Samuel 25:18), provavelmente em algum momento durante o período de 1110 a 1070 a.C.

A enciclopédia diz ainda que os gregos e romanos antigos costumavam enfeitar locais de culto com passas. Elas também eram usadas como prêmios em eventos esportivos, como nas tradicionais Olimpíadas da Era Antiga.

Atualmente, os principais produtores de uvas passas incluem a Turquia e os Estados Unidos, que juntos respondem por cerca de 80% da produção mundial, informa a Britannica. Outros importantes países produtores incluem Irã, Grécia, Chile e África do Sul.

 

Como é feita a passa?

 

As duas variedades de uva mais usadas para produção de passa sem semente é a thompson seedless  (tipo branca) e a black corinth (tipo preta).

As passas naturais costumam ser secas ao Sol, ganhando coloração preta acinzentada ou castanha acinzentada, com a floração natural intacta e uma pele bastante dura, explica a enciclopédia. As douradas branqueadas são produzidas com as uvas thompson seedless, que são mergulhadas em 0,5% de água sanitária e expostas a dióxido de enxofre após a secagem. Em seguida, são colocadas em bandejas e deixadas ao Sol por três a quatro horas. As bandejas são então empilhadas e a secagem continua por várias semanas à sombra. O produto acabado parece ceroso e cremoso e levemente avermelhado.