busca

Ciência

Fenômenos metereológicos raros, sprites são flagrados sobre o deserto do Atacama

Por João Paulo Martins  em 26 de agosto de 2022

Os raios de luz foram registrados pelo observatório La Silla, que pertence ao Observatório Europeu do Sul

Fenômenos metereológicos raros, sprites são flagrados sobre o deserto do Atacama
Sprites (raios) foram flagrados sobre o deserto do Atacama, no Chile, pelo Observatório Europeu do Sul (Foto: Zdenek Bardon/ESO/Divulgação)

 
O Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgou na última segunda (22/8) uma imagem rara de sprites (fenômeno meteorológico) sobre o deserto do Atacama, no Chile. Trata-se de um tipo de raio muito difícil de ser detectar. Apenas em 1989 esse fenômeno foi registrado pela primeira vez no mundo.

A foto mostra as brilhantes linhas verticais avermelhadas captadas a partir do observatório de La Silla, do ESO.

“Essas são uma forma indescritível de relâmpago que ocorre bem acima das nuvens de tempestade, descarregando eletricidade no alto da atmosfera da Terra a uma altitude de 50 a 90 km. Além de ocorrerem muito mais alto no céu do que os relâmpagos normais, eles são mais frios do que os relâmpagos brancos que costumamos ver e parecem muito mais fracos. Sprites vermelhos são muito difíceis de capturar”, explica o observatório em nota divulgada junto com a foto.

No caso da imagem registrada no Atacama, além dos sprites, também é possível identificar o fenômeno chamado airglow ou luminescência atmosférica, que gera uma espécie de “iluminação” do céu á noite. “Durante o dia, a luz solar afasta os elétrons do nitrogênio e do oxigênio da atmosfera terrestre e, à noite, esses elétrons se recombinam com os átomos e moléculas, fazendo com que brilhem. Normalmente, o airglow só pode ser visto em céus muito escuros, onde não há poluição luminosa”, afirma o ESO.

Ainda conforme o Observatório Europeu do Sul, a fotografia que está chamando a atenção na internet foi tirada na plataforma do telescópio de 3,6 m em La Silla, no meio do deserto chileno do Atacama. Por causa da alta altitude e da falta de poluição luminosa, esse observatório é perfeito para capturar esses fenômenos incomuns.