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Famoso físico da TV diz que alienígenas não devem ser pacíficos

Por João Paulo Martins  em 05 de abril de 2021

Para Michio Kaku, do canal History, não precisamos ter pressa para entrar em contato com seres extraterrestres

Famoso físico da TV diz que alienígenas não devem ser pacíficos
Segundo o famoso físico Michio Kaku, é uma péssima ideia tentar entrar em contato com seres extraterrestres (Foto: Flickr/Campus Party Brasil/Creative Commons/Divulgação)

De acordo com o físico americano Michio Kaku, professor da universidade City College, de Nova Iorque (EUA), e apresentador de vários programas científicos da TV paga, um encontro entre humanos e alienígenas não seria nada amigável.

Em entrevista para o jornal britânico The Guardian no último sábado (3/4), o famoso cientista diz que com o lançamento do gigantesco telescópio espacial James Webb, previsto para outubro deste ano, a humanidade terá milhares de planetas para observar.

“Por isso, acho que as chances de entrarmos em contato com uma civilização alienígena são grandes. Alguns colegas acreditam que devemos entrar em contato com eles. Acho que é uma péssima ideia”, comenta Michio Kaku ao periódico.

Um possível encontro extraterrestre deve ser visto como algo negativo, na opinião do físico, porque temos exemplos históricos que comprovam como uma civilização mais avançada não costuma ser amigável.

“Todos nós sabemos o que aconteceu com Montezuma [rei dos astecas] quando ele conheceu Hernán Cortés [conquistador espanhol] no México, há centenas de anos. Pessoalmente, acho que os alienígenas seriam amigáveis, mas não podemos apostar nisso. Então, acho que faremos contato, mas devemos fazê-lo com muito cuidado”, afirma  o apresentador de O Universo, exibido no Brasil pelo canal pago History.

Existência de Deus

Apesar de se considerar agnóstico (só crê no que pode ser percebido), Michio Kaku diz ao The Guardian que seu ponto de vista em relação a Deus difere do saudoso físico britânico Stephen Hawking, que era ateu e acreditava que o Big Bang aconteceu tão rápido que não deu margem para algum ser conseguir criar o universo.

“Meus pais eram budistas e no budismo existe o nirvana, a atemporalidade; sem começo e sem fim. Mas meus pais me colocaram numa igreja presbiteriana, então eu ia à escola dominical todas as semanas e aprendia sobre o livro do Gênesis e como o universo foi criado em sete dias”, conta o cientista americano ao jornal.

Para ele, a ideia do multiverso (vários universos coexistindo simultaneamente), lançada por Hawking em 2018, favorece o entendimento religioso e científico, que normalmente são opostos.

“De acordo com a teoria das cordas, big bangs estão acontecendo o tempo todo. Enquanto falamos, Gênesis está ocorrendo em algum lugar do cosmos. E no que o universo está se expandindo? Nirvana. O hiperespaço de onze dimensões é o nirvana. Portanto, você pode ter o budismo e a filosofia judaico-cristã numa mesma teoria”, explica Michio Kaku.