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Bizarrice

Garoto se veste de Hitler em trabalho da escola e causa polêmica

Por João Paulo Martins  em 04 de junho de 2021

O jovem americano está na 5ª série do ensino fundamental e vem chamando a atenção na internet por ter escolhido o ditador nazista como “figura histórica”

Garoto se veste de Hitler em trabalho da escola e causa polêmica
A polêmica tarefa sobre Adolf Hitler, realizada por um aluno da 5ª série, foi pendurada no corredor da escola Maugham Elementary School (EUA) (Foto: Facebook/loren.birk/Reprodução e Wikimedia/Creative Commons/Reprodução)

Um aluno do 5º ano do ensino fundamental da escola Maugham Elementary School, na cidade de Tenafly, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, virou notícia na internet ao ter realizado uma tarefa de desenvolvimento de personagem sobre o ditador nazista Adolf Hitler.

Segundo matéria publicada na última quarta (2/6) pela emissora americana NBC, uma foto do mural com o cartaz feito pelo garoto e que trazia a imagem do líder fascista alemão foi compartilhada no Facebook no último final de semana pela usuária intitulada Lori Birk.

Citado pela emissora, o post polêmico (já não está acessível) afirma que o aluno se vestiu de Hitler durante a apresentação do projeto na sala de aula e teria dito: “Eu era popular e muitas pessoas me seguiram até eu morrer. Minha crença no antissemitismo me levou a matar mais de seis milhões de judeus”.

“Isso é ignorância, antissemitismo e ódio ensinados na 5ª série. Que vergonha para os pais que ajudam os filhos a se vestirem como Hitler e para o professor que aprovou tal ódio”, critica Lori Birk em sua publicação divulgada na rede social e reproduzida pela NBC.

Ainda segundo a usuária, a imagem da tarefa polêmica foi enviada por uma amiga que tem um filho matriculado na mesma escola. O mural com os trabalhos dos alunos foi fixado no corredor da instituição de ensino.

Repercussão da tarefa sobre Hitler

Essa polêmica atraiu a atenção de Scott Richman, diretor regional da filial de Nova Iorque e Nova Jersey da Liga Anti-Difamação dos EUA.

“As atribuições educacionais, especialmente as centradas na história do genocídio e da opressão, precisam ser tratadas com cuidado e com sensibilidade para quem podem ser pessoalmente afetado. Entramos em contato com as autoridades educacionais locais e esperamos oferecer apoio à escola e ao distrito para resolver a situação e construir práticas educacionais mais fortes no futuro”, afirma Richman à NBC.

De acordo com a emissora americana, a superintendente das escolas públicas de Tenafly, Shauna DeMarco, emitiu um comunicado na última segunda (31/5) informando que a cidade estava ciente do ocorrido e que já estava investigando.

Já em declaração conjunta com o conselho escolar divulgada na terça (1/6), citada pela NBA, a superintendente diz que a tarefa era analisar figuras históricas que personificavam o bem e o mal e que, nesse contexto, “é injusto julgar qualquer aluno ou professor”.

“A tarefa, que foi dada por um professor que, por acaso, é judeu, pedia aos alunos que falassem da perspectiva de um desses indivíduos e como eles poderiam ter percebido e racionalizado suas ações. Quando as pessoas viram os projetos dos alunos, que estavam expostos na escola, não entenderam a tarefa, resultando em preocupações justificáveis”, afirma a declaração conjunta.