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Conheça o óculos de realidade virtual que "mata" o usuário caso o personagem morra dentro do jogo

Por João Paulo Martins  em 08 de novembro de 2022

O equipamento foi criado por Palmer Luckey, conhecido por ser um dos fundadores da empresa Oculus, especializada em óculos VR

Conheça o óculos de realidade virtual que "mata" o usuário caso o personagem morra dentro do jogo
Será que o óculo VR que “mata” o usuário vai se tornar moda no mundo dos games? (Foto: Palmerluckey.com/Reprodução)

 

O empresário americano Palmer Luckey, de 30 anos, conhecido por fundar a empresa Oculus, de headsets de realidade virtual (VR), que foi adquirida pelo Facebook (Meta), e se tornou o Quest, base do "metaverso' de Mark Zuckerberg, diz que criou um novo equipamento que "mata" o usuário caso o personagem morra dentro do jogo.

“Se você morrer no jogo, morrerá também na vida real”. Esse é o título do post compartilhado no último domingo (6/11) por Luckey em seu blog pessoal. O empresário americano também é fundador da Anduril, fabricante de drones de uso militar.

Na publicação, ele dá algumas pistas sobre o que o inspirou a criar os óculos VR que “matam” o usuário e tudo indica que seja culpa do anime chamado Sword Art Online (SOA, de 2012), que retrata jogadores em mundos de realidade virtual no estilo MMORPG.

No blog,  que detalha as origens de seu “óculos assassino”, Palmer Luckey se refere a um episódio versão de SOA chamado Incident, no qual um cientista louco prende milhares de jogadores de MMORPG que usam realidade virtual em uma espécie de armadilha mortal, A única maneira de sair vivo é derrotando os demais adversários.

Assim como nos jogos de RPG, o jogador começa o game com um certo número de pontos de vida. Quando eles chegam a zero, o óculos VR, que foi chamado NerveGear, emite radiação micro-ondas “extraordinariamente poderosa”, que seria capaz de “matar” o usuário.

Embora isso possa parecer uma versão VR da popular série coreana Round 6 (2021), da Netflix, em vez de jogadores se inscreverem para o evento, é o equipamento de realidade virtual que os “transporta” para o mundo de Aincrad, o palco online do game.

Palmer reconhece que a popularidade de Sword Art Online disparou as vendas do Oculus, e o Japão se tornou o segundo maior mercado da empresa.

 

Como o óculos VR “mata” o usuário?

 

Segundo o post recém-publicado no blog, Palmer Luckey conta que o NerveGear usa três módulos concentradores de radiação que são direcionados para a cabeça do jogador e entrarão em ação quando o personagem morrer no mundo virtual. Os módulos são vinculados a um sensor na tela que capta flashes vermelhos específicos que surgem na tela do óculos VR quando o personagem falece, “matando o usuário instantaneamente”.

“A ideia de conectar sua vida real à de seu avatar sempre me fascinou. Isso eleva rapidamente as apostas ao máximo e força as pessoas a repensarem como interagem com o mundo virtual e os jogadores dentro dele”, escreve Luckey no artigo. “Gráficos aprimorados podem fazer um jogo parecer realista, mas apenas a ameaça de consequências sérias pode fazer um jogo parecer real para você e todas as outras pessoas no game”

O americano também criou uma forma de evitar que o jogador tente adulterar o jogo. Nesse caso, o equipamento também liberaria a “carga mortal”.

A ameaça do dispositivo é tão real que o próprio Palmer Luckey não teve coragem de experimentá-lo. Além da consequência dentro do game, nada garante que o óculos VR simplesmente não possa falhar e disparar aleatoriamente. É por isso que o americano pretende criar uma função altamente inteligente ao dispositivo para garantir que todos os critérios necessários sejam atendidos antes que os disparos sejam feitos.