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Bizarrice

Cachorro adotado ataca a própria família na Austrália e é morto a tiros pela polícia

Por João Paulo Martins  em 11 de julho de 2022

O cão da raça boiadeiro-australiano tinha 3 anos e estava há um mês com a família que vive no subúrbio de Perth

Cachorro adotado ataca a própria família na Austrália e é morto a tiros pela polícia
Stephen Quayle estava sentado no chão quando foi vítima do ataque repentino do cachorro da família (Foto: 9 News/Reprodução)

 

Uma família que vive na cidade de Perth, na Austrália, passou por um momento dramático na noite do último domingo (10/7) após o cachorro de estimação “se voltar contra eles” em um ataque que terminou com o animal sendo morto a tiros por um policial.

Segundo a emissora australiana ABC News, o casal Michelle e Stephen Quayle estava em casa, na região de Baldivis, no subúrbio de Perth, com seu cachorro Ace, um filhote de blue heeler (boiadeiro-australiano) de 3 anos que eles adotaram há um mês, quando o ataque aconteceu.

Na época da adoção, o casal foi informado que Ace tinha um passado traumático.

À emissora, Stephen Quayle conta que estava sentado no chão do escritório por volta das 18h30 quando sua esposa entrou, com o cão logo atrás dela. “Ele [Ace] pulou em mim e foi direto para minha garganta”, diz o australiano.

A esposa dele correu para ajudá-lo. “Stephen tentou empurrá-lo. Tentei agarrá-lo, mas ele era muito forte. Tentei puxá-lo, precisei de todas as minhas forças. Então, o tirei do escritório e bati a porta”, revela Michelle à ABC News.

 

Cachorro adotado ataca a própria família na Austrália e é morto a tiros pela polícia
O boiadeiro-australiano (blue heeler) Ace tinha 3 anos e histórico de traumas (Foto: 9 News/Reprodução)

 

Ainda transtornado, o cachorro se voltou contra a filha do casal, mordendo o braço dela. Apesar do ataque, a jovem conseguiu se trancar no quarto e a família chamou a polícia.

Segundo Michelle Quayle, antes da chegada das autoridades, Ace estava forçando as portas, tentando abri-las. “Quando o policial bateu na porta, tive que sair para deixá-lo entrar. Foi aí que Ace do nada me atacou, pulou na minha perna”, conta a australiana à emissora.

Desta vez, Stephen Quayle é que precisou agir e tentar arrancar o pet da perna da esposa. “Eu tive que sair para tirar as mandíbulas dele da minha esposa. Eu o joguei no policial e disse ‘Atire nele! Atire nele!’. E ele o fez. Foram necessários três tiros para matá-lo”.

O casal revela à ABC News que estão em choque com o ataque e também com a perda de Ace, que acreditavam que seria o cão definitivo da família. Ainda conforme os australianos, Stephen Quayle poderia ter morrido se não fosse pelo cone de plástico pós-cirurgia que o cachorro estava usando.

O policial que atendeu à ocorrência estava a apenas 500 m de distância da casa quando recebeu o chamado. Quando entrou na residência, encontrou Ace agarrado à perna da mulher e precisou atirar duas vezes nele. Vendo que o animal estava gravemente ferido, atirou uma terceira vez para sacrificá-lo, informa a emissora.

Todos os três membros da família necessitaram de tratamento médico em decorrência dos ferimentos.

 

Ataque incomum

 

De acordo com Hannah Dreaver, membro da Sociedade Real de Prevenção à Crueldade Contra Animais (Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals ou RSPCA), ver cães agindo de forma tão violenta e fora da personalidade é incomum.

“Não é possível saber o impacto que o estresse pode ter em um cachorro ou o que exatamente pode ter desencadeado esse comportamento. Eu diria que não é um comportamento comum. Não é algo que vemos com frequência. Acredito firmemente que raça não é fator decisivo para o comportamento de um cão”, explica Hannah à ABC News.

Ela diz ainda em seus oito anos e meio na RSPCA, nunca tinha ouvido falar de um cão adotado atacando tão violentamente.

“Em toda a comunidade de Perth, milhares de cães são adotados em lares todos os anos de vários resgates diferentes, e os cães adotados podem ser os animais de estimação mais maravilhosos. Só porque você compra um cachorro de raça pura, não garante que algo assim nunca vai acontecer”, completa a ativista.