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BIZARRO: marido diz estar sofrendo e pede divórcio por esposa não saber cozinhar

Por João Paulo Martins  em 19 de outubro de 2023

Caso inusitado foi registrado no estado de Kerala, na Índia, e pedido de rompimento do casamento foi negado na justiça

BIZARRO: marido diz estar sofrendo e pede divórcio por esposa não saber cozinhar
(Foto: Freepik)

 

Parece coisa do século XIX, mas é mais um caso bizarro que vem da Índia: o Tribunal Superior de Justiça do estado de Kerala rejeitou o pedido de divórcio de um marido que alegou sofrer crueldade porque a esposa não sabia cozinhar.

Segundo o jornal India Today, entre as acusações feitas pelo marido contra a mulher, uma delas citava a incapacidade de preparar refeições devido à falta de conhecimentos culinários. Em resposta a essa afirmação, os juízes Anil K. Narendran e Sophy Thomas afirmaram: “Isso também não pode ser considerado crueldade suficiente para dissolver um casamento legal.”

O marido também acusou a esposa de insultá-lo e maltratá-lo na frente dos parentes, e que ela demonstrou desrespeito e se distanciou dele. O autor da ação alegou que a mulher teria até cuspido nele, embora “mais tarde tenha se desculpado”.

Em sua defesa, a esposa negou todas as acusações e disse que o marido teria perversões sexuais, chegando a envergonhá-la. Ela afirmou ainda que o esposo sofreria de problemas mentais e teria interrompido a medicação prescrita pelo médico. A ré manifestou a intenção de continuar o casamento.

O tribunal de Kerala decidiu que, legalmente, uma das partes não pode decidir unilateralmente a dissolução do casamento sem motivos suficientes que justifiquem o divórcio.

“Legalmente, uma das partes não pode decidir unilateralmente abandonar o casamento, quando não existem motivos suficientes que justifiquem o divórcio, nos termos da lei que os rege, afirmando que devido à não coabitação por um período consideravelmente longo, o seu casamento é morto praticamente e emocionalmente. Ninguém pode ser autorizado a obter incentivos pelas suas próprias ações ou omissões erradas”, diz a decisão judicial, citada pelo India Today.