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Cultura

Doodle do Google homenageia os 78 anos de Jovelina Pérola Negra

Por João Paulo Martins  em 21 de julho de 2022

Cantora carioca se consagrou no samba carioca com sua voz única

Doodle do Google homenageia os 78 anos de Jovelina Pérola Negra
Doodle do Google em homenagem a Jovelina Pérola Negra foi criado por La Minna (Foto: Google.com/Reprodução)

 

O Doodle (logomarca comemorativa) do Google desta quinta (21/7) celebra os 78 anos da cantora carioca Jovelina Faria Belfort, mais conhecida como Jovelina Pérola Negra. A arte usada pelo buscador foi criada pela artista carioca La Minna.

A cantora e compositora Jovelina Pérola Negra revolucionou o movimento do samba brasileiro na década de 1980 com sua voz profunda e suas graciosas improvisações. Ela cresceu cantando e dançando samba no bairro de Belford Roxo. Um amigo foi responsável por sugerir o nome artístico Jovelina Pérola Negra por conta da sua  voz e estilo único.

Até os 40 anos, a artista trabalhava como empregada doméstica e passava o tempo livre na quadra da escola de samba Império Serrano, do Rio de Janeiro. Ela cantava regularmente em festas de samba e pagodes nos subúrbios a capital fluminense.

 

Doodle do Google homenageia os 78 anos de Jovelina Pérola Negra
(Foto: Amazon.com.br/Reprodução)

 

Depois que um produtor local a descobriu em um pagode, Pérola Negra teve a oportunidade de gravar seu primeiro álbum, intitulado Raça Brasileira (1985), ao lado de outros artistas recém-descobertos, incluindo Zeca Pagodinho e Elaine Machado. Todos os cantores interpretaram o subgênero partido alto, um estilo que oferece improvisação vocal e oportunidades de canto para o público. Pérola Negra ajudou a compor e interpretar três obras de Raça Brasileira. Foi um sucesso estrondoso e a gravadora RGE a contratou para gravar seu primeiro álbum solo.

Após lançar seu próprio álbum, também em 1985, que levava o nome dela, a artista carioca ganhou ainda mais visibilidade com o público. Os arranjos das músicas apoiaram seus vocais emocionais com um cavaquinho, um instrumento de cordas português que lembra um ukulele. Ela lançou mais quatro discos individuais no auge da carreira, experimentando diferentes gêneros, como o samba-canção, de ritmo mais lento, e ganhando um disco de platina. Durante sua carreira, Jovelina se apresentou em diversos países, como Angola, França e Japão antes de falecer de ataque cardíaco aos 54 anos.

O Ministério da Cultura do Brasil concedeu a Jovelina Pérola Negra a Ordem do Mérito Cultural em 2016. Um centro comunitário localizado no bairro da Pavuna, no Rio de Janeiro, também foi nomeado em sua homenagem. Hoje, sua música pode ser encontrada em plataformas de streaming e em lojas de discos em todo o mundo.