busca

Cultura

Cidade da Itália quer usar DNA para identificar cães que fizerem cocô nas ruas

Por Da Redação  em 18 de janeiro de 2024

Autoridades planejam captar o material genético dos cerca de 45.000 cachorros que vivem em Bolzano, no norte do país

Cidade da Itália quer usar DNA para identificar cães que fizerem cocô nas ruas
A cidade italiana de Bolzano quer usar DNA para identificar o cão que fizer cocô na rua (Foto: Wikimedia/Robot8A/Creative Commons)

 

Para tentar reduzir o número de fezes de cachorros nas ruas, a cidade de Bolzano, no norte da Itália, vai exigir que todos os animais de estimação façam testes de DNA. O material genético será arquivado e servirá como prova para penalizar os tutores.

Segundo o jornal britânico The Guardian, os resultados serão inseridos em um banco de dados, que a polícia poderá consultar ao buscar os culpados por cocôs que forem encontrados nas ruas. As provas serão utilizadas para aplicar multas aos tutores, que vão de 292 a 1.048 euros (de R$ 1.568 a R$ 5.627).

Os cerca de 45.000 cães que vivem em Bolzano teriam que ser submetidos ao teste de DNA, que custa 65 euros (R$ 349), numa clínica veterinária até o fim de dezembro de 2023. Mas apenas 5.000 cumpriram a ordem, de acordo com o periódico britânico.

A medida gerou controvérsia, especialmente entre os donos de pets que costumam limpar o cocô dos seus animais de estimação e que agora são obrigados a pagar pelo teste.

Além disso, têm surgido dúvidas sobre como será gerida a complexa e dispendiosa iniciativa, especialmente se os culpados forem cães que vivem na rua ou cujos tutores são turistas.

Citado pelo The Guardian, Arnold Schuler, conselheiro da cidade, diz que a base de dados ainda está “em fase de implementação” e que novos veterinários devem ajudar a realizar os exames de DNA. “Dessa forma, estamos facilitando o registro de todos os animais de estimação”, completa.

O prazo para entrega do material genético é até o fim de março deste ano, e multas pesadas poderão ser aplicadas aos tutores que não registrarem seus bichinhos.

Além de ajudar na identificação do responsável por fazer cocô na via pública, o banco de dados de DNA também será usado para identificar cães mortos em acidentes rodoviários ou que atacaram outros animais ou pessoas, revela o conselheiro Arnold Schuler.

Ainda assim, associações de defesa dos animais organizaram petições pedindo a revogação da lei. “O mais interessante é que muitas pessoas que não têm cães assinaram a petição. É uma lei injusta que não resolve o problema e que, acima de tudo, tem enormes custos de gestão”, diz Filippo Maturi, presidente da Assopets, uma associação para a proteção dos proprietários de animais, citado pelo jornal britânico.