Atleta do Uzbequistão é a mais velha da história da ginástica olímpica

Os esportes evoluem junto com a sociedade e, por isso, vemos atletas competindo com idades muito acima do “normal”. Nas Olimpíadas de Tóquio de 2020 temos um ótimo exemplo: a ginasta uzbeque Oksana Chusovitina, de 46 anos.

Como mostra a emissora americana Fox News, ela é a atleta mais velha a competir na ginástica olímpica, um esporte que normalmente é dominado por adolescentes. E Tóquio será nada menos que a 8ª aparição olímpica e, possivelmente, sua última.

“Eu me sinto bem, fisicamente, mas ao mesmo tempo, mal. Mas no final das contas, estou feliz”, diz Chusovitina à emissora.

A uzbeque começou a carreira no final dos anos 1980 representando a então União Soviética. Em 1992 ela ganhou sua primeira medalha de ouro com a Equipe Unificada (após a dissolução da URSS) em Barcelona, na Espanha, onde terminou 7º lugar individual nos exercícios de solo.

Oksana Chusovitina também passou a representar a Alemanha nas competições de 2006 a 2012, depois que seu filho Alisher, fruto do casamento com o lutador greco-romano Bachadir Kurbanov, precisou ser tratado de uma leucemia linfoblástica aguda, e ela morou na cidade alemã de Colônia, informa a Fox News.

Após os Jogos Olímpicos de Londres 2012, a ginasta passou a competir pelo Uzbequistão, apesar de inicialmente ter dito que se aposentaria do esporte. Agora, a veterana jura que esta será realmente sua última olimpíada.

“Meu filho tem 22 anos e quero passar um tempo com ele. Eu quero ser mãe e esposa”, revela Oksana Chusovitina à emissora americana.

Mas a participação de ginastas “mais velhas”, como a uzbeque, está se tornando comum. A equipe de ginástica dos Estados Unidos, por exemplo, inclui vários atletas de 20 e poucos anos, incluindo Simone Biles, que tem 24, e MyKayla Skinner, que é apenas alguns meses mais velha.

Embora a diferença de idade seja grande, comparativamente, a idade média da equipe dos EUA de 20,8 anos é a mais velha desde 1952, revela a Fox News.

“Não pensei nisso. Mas, claro, se alguém pensa que sou uma motivação, pode prolongar a prática do esporte”, brinca a uzbeque.