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Saiba mais sobre o Vírus do Nilo Ocidental, detectado em 3 estados do Brasil

Por João Paulo Martins  em 04 de maio de 2021

Assim como a dengue e a febre amarela, esse vírus é transmitido pela picada de mosquitos infectados

Saiba mais sobre o Vírus do Nilo Ocidental, detectado em 3 estados do Brasil
A melhor forma de prevenir a infecção pelo Vírus do Nilo Ocidental é evitar o contato com o mosquito transmissor (Foto: Freepik)

Em estudo publicado em janeiro na plataforma científica bioRxiv (e ainda sem avaliação por outros cientistas), cientistas liderados pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revelam que foi detectada a presença do Vírus do Nilo Ocidental em cavalos de três estados do Brasil: Minas Gerais, Piauí e São Paulo.

As amostras analisadas pelos pesquisadores foram coletadas entre 2018 e 2020.

De acordo texto do site da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Vírus do Nilo Ocidental pode causar doenças neurológicas e até a morte dos infectados. Ele é comumente encontrado na África, Europa, Oriente Médio, América do Norte e Ásia Ocidental.

Na natureza, o ciclo de vida do vírus, que é do gênero flavivírus (o mesmo da febre amarela e da dengue), envolve a transmissão entre pássaros e mosquitos. Humanos, cavalos e outros mamíferos podem ser infectados.

Transmissão

Como mostra a OMS, a transmissão do Vírus do Nilo Ocidental para humanos ocorre pela picada de mosquitos infectados, tal qual a dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

Os insetos adquirem o micro-organismo quando se alimentam de aves infectadas. Geralmente, o período de incubação do vírus é de três a 14 dias.

Sintomas

“A infecção pelo Vírus do Nilo Ocidental é assintomática em cerca de 80% das pessoas infectadas. Mas pode causar febre do Nilo Ocidental ou doença grave. Cerca de 20% dos infectados desenvolverão a febre do Nilo Ocidental”, informa a Organização Mundial da Saúde em seu site.

Os principais sintomas da doença incluem:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Cansaço
  • Dores no corpo
  • Náuseas e vômitos
  • Erupção na pele (no tronco) é ocasional
  • Inchaço dos gânglios linfáticos também é raro

Nos casos graves da febre do Nilo Ocidental, pode ocorrer encefalite, meningite e poliomielite, com dor de cabeça, febre alta, rigidez do pescoço, entorpecimento, desorientação, coma, tremores, convulsões, fraqueza muscular e paralisia.

A estimativa da OMS é de que uma em cada 150 pessoas infectadas pelo vírus pode desenvolver a forma mais grave da doença.

Prevenção

Assim como ocorre com a dengue, zika e chikungunya, na ausência de uma vacina, a única maneira de reduzir a infecção pelo Vírus do Nilo Ocidental em humanos é por meio do controle dos vetores e da redução da exposição ao patógeno.

Deve-se usar redes mosquiteiras, repelente de insetos, roupas de cores claras (camisas de mangas compridas e calças) e evitar atividades ao ar livre nos horários de pico dos insetos.

Para os cavalos  já existe vacina para prevenir a infecção.